A base aliada derrubou ontem, por 20 votos a 18, requerimento do deputado petista Ângelo Vanhoni convocando o secretário da Administração, Ricardo Smijtink, para explicar os detalhes da mensagem do governo do Estado que prevê a contratação de servidores por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A oposição considera o assunto de extrema importância, já que a contratação pela CLT facilita demissões e o governo pode aproveitar a mudança para cortar pessoal. O asunto entrou em discussão na terça-feira mas foi retirado da pauta por sete sessões a pedido do PMDB.
Vanhoni ficou irritado com a desaprovação do requerimento e pediu recontagem de votos. "Continuo achando que o governo não fez 20 votos", protestou. Para o líder do governo, Durval Amaral (PFL), não é necessário convocar Smijtink. "É só convidá-lo que ele vem". "E o objetivo desse projeto não é demitir ninguém". O governo informa que os atuais estatutários não vão mudar de regime. Atualmente o Estado conta com 132 mil servidores estatutários na ativa. Se aprovada, a mensagem vale apenas para novas contratações. Entretanto, o texto prevê que os contratos podem ser rescindidos, entre outros motivos, por necessidade de enxugamento de pessoal.
Amaral pretende convidar o secretário na próxima semana, para falar sobre a mensagem e sobre o plano de saúde dos servidores, que já foi encaminhado pelo Palácio Iguaçu à Assembléia.