A decisão da CML (Câmara Municipal de Londrina) de absolver a vereadora Mara Boca Aberta (Podemos) completa uma semana nesta quarta-feira (5), mas a sessão de julgamento continua repercutindo na política londrinense.
A vereadora Lu Oliveira (Republicanos) registrou na última sexta-feira (31) um boletim de ocorrência contra o vereador Fernando Madureira (PP), alegando possível falsidade ideológica. Ela também acionou a Comissão de Ética contra o parlamentar.
Oliveira e Madureira fizeram parte da CP (Comissão Processante) que investigou Mara - eles se somaram a Santão (PL), que presidiu a comissão. O parecer final do processo, que teve Madureira como relator, recomendou a cassação da vereadora.
Leia mais:
Novo Código de Obras é debatido em audiência pública na Câmara
Deputados federais de Londrina não assinam PEC e questionam fim da escala 6x1 para trabalhadores
PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro
PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton
Por outro lado, Oliveira teve voto divergente, não identificando irregularidades e apresentando uma tabela com a cronologia dos fatos analisados - Mara respondia, entre outras acusações, por supostamente ter divulgado e colocado recursos do Fundo Eleitoral na campanha inexistente ao Senado Federal do seu marido Emerson Petriv, o Boca Aberta, em 2022.
A discussão entre os dois ocorreu após Madureira questionar e alterar essa tabela, acrescentando uma decisão judicial do dia 6 de setembro de 2022 que não reconheceu a candidatura de Petriv. Ele teria divulgado e, conforme diz o boletim de ocorrência, iria distribuir essa tabela na sessão de julgamento.
A nova versão - que não estava presente nos autos - mantinha a assinatura digital de Oliveira, mas destacava o trecho modificado, sinalizando com o texto: “Sendo assim, todo esse cronograma fraudulento feito pela vereadora Lu Oliveira cai por terra”. Por outro lado, a vereadora aponta que a decisão do dia 6 só transitou em julgado em outubro, após as eleições daquele ano, e que esse fato constava na sua cronologia.
À FOLHA, Oliveira explica que conversou com o presidente da Câmara, Emanoel Gomes (Republicanos), e com o procurador jurídico Miguel Aranega para que o caso seja encaminhado à Comissão de Ética. Como Madureira preside a comissão, a vereadora quer que ele deixe o posto.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA