Mais de 500 professores de pelo menos 60 escolas da rede municipal de ensino participaram da sessão na Câmara Municipal para reforçar o pedido de apoio dos vereadores na briga pela revisão das propostas de rejuste apresentadas pela prefeitura. De acordo com a presidente do Sismac, Josete Dubiaski da Silva, os professores foram dispensados pelas escolas a partir das 15 horas para poderem participar da manifestação.
O secretário municipal de Educação, Paulo Afonso Schmidt, disse não haver sentido convocar uma paralisação, com prejuízo direto aos alunos, uma vez que as negociações ainda não estão encerradas. A próxima reunião, segundo ele, está agendada para o dia 16. Ele afirma que há "uma grande confusão por parte do sindicato", pois os argumentos têm variado a cada instante.
A Secretaria Municipal de Educação anunciou na última sexta-feira um reajuste de 10,3%. Nesse valor estariam incluídos o percentual de reposição da inflação do ano passado e ganhos salariais correspondentes a soma de duas referências propostas no novo plano de cargos e salários. O PCCS estabelece a criação de um cargo único, o do profissional do magistério, em que a diferenciação salarial se dá de acordo com a qualificação do professor, avaliação interna e área de atuação (1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série ou suporte pedagógico).
O que os professores reivindicam, segundo Josete, é um reajuste de 7,4% (percentual de inflação de 2000 do Dieese) e mais os 10% prometidos pelo prefeito Cassio Taniguchi na campanha do ano passado, para repor as perdas referentes ao período de 1993 a 1996. Quanto ao plano de cargos e salários, Josete afirma que a classe defende "o pagamento automático pela maior habilitação". Josete reafirmou a possibilidade de uma greve, caso não haja avanço nas negociações.
Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira