A PFP (Penitenciária Feminina do Paraná) foi palco da segunda edição do Desfile de Moda nesta última quarta-feira (28). O evento tem o objetivo de destacar a criatividade e o talento das mulheres privadas de liberdade. O desfile, que incluiu desde o design e confecção das peças até a exibição final, contou com a participação de 14 custodiadas.
Com a primeira edição em agosto de 2022, o desfile tornou-se um dia significativo para as participantes, permitindo-lhes demonstrar suas habilidades e trabalhos. Além das custodiadas, o evento contou com a presença de Clara Pantaleão, Miss Colombo, e Kimberly Rhiane, Miss Grand Paraná.
Juliana Heindyk Duarte, Chefe de Gabinete da PPPR (Polícia Penal do Paraná), ressalta que o principal objetivo do evento é mostrar tanto para as mulheres, quanto para o público externo, que todos merecem uma segunda chance. "Projetos como este oferecem novas oportunidades de trabalho, conhecimento, experiência e vida para elas.”
A diretora da Penitenciária Feminina, Alessandra Prado, destacou o trabalho realizado na unidade para possibilitar a participação das mulheres em tais eventos: “Nós recebemos pessoas na Penitenciária Feminina, muitas vezes, em situação de rua. E, nesses casos, nós temos que começar do zero com essas pessoas, até elas se tornarem o que vimos hoje: pessoas que tem alguma atividade ocupacional, de cultura e lazer. Tudo isso transforma. Esse trabalho é árduo, fazer todo esse processo, demanda toda uma engrenagem para chegar nesse resultado.”
Durante o evento, uma das mulheres privadas de liberdade compartilhou sua experiência com o projeto: “O fato de termos um setor pra trabalhar, e a credibilidade dos nossos superiores, é muito importante na nossa vida. Hoje, meu maior desejo é que todas as mulheres encarceradas consigam viver a experiência que eu vivi nesses últimos meses aqui na penitenciária.”, comentou.
ONG Redirect
Durante o evento, a banda do projeto “Música Que Liberta”, composta por pessoas privadas de liberdade, fez uma apresentação musical sob a direção dos integrantes da ONG Redirect.
A ONG Redirect faz trabalhos voluntários levando atividades de capacitação profissional, cultura e lazer para as Unidades Penais, buscando a reintegração da pessoa privada de liberdade a partir do cárcere.
(Com Sesp-PR)