Paraná

ONG denuncia corte irregular de árvores

03 jul 2001 às 09:50

A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar) está denunciando à Copel, Petrobras e Cisa (subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional-CSN) de corte irregular de árvores nativas e exóticas, que estão em área de preservação permanente dentro e ao redor da Refinaria Presidente Getúlio Vargas. De acordo com a presidente da entidade, Lídia Lucaski, foram retiradas árvores de uma área de nascentes, regiões hidromórficas e córregos, cujas as matas são consideradas intocadas.

O caso foi denunciado à promotora de Justiça da Comarca de Araucária, Stella Maria Flores Floriani Burda. Porém, as três empresas negam qualquer irregularidades, informando existir autorizações para os desbastes. Ontem, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) foram ao local para verificar se foi cometido algum crime ambiental.


Para Lídia Lucaski, aconteceu uma grave agressão ao meio ambiente em área da Petrobrás. "Quase um ano depois do grande derramento de óleo (quando foram despejados 4 milhões de litros de petróleo, durante o mês de julho), ainda continua acontecendo descasos com a natureza em Araucária", reclamou. Ela afirmou que foram retiradas uma grande faixa de árvores dentro e fora da Repar. "A empreiteira da Copel, a Fastell Engenharia Ltda, não respeito sequer propriedades particulares, devastando pinus plantados há 25 anos", disse.


Ao todo, a Repar informa que foram derrubadas 50 eucaliptos, de um região de reflorestamento. Essas árvores vão dar lugar a torres de alta tensão, que vão abastecer à Cisa.

Mas a assessoria de imprensa da Copel informou que os cortes estão autorizados em Relatório de Impacto Ambiental (EIARima). Além disso, a empresa tem do IAP uma autorização florestal de mata nativa (nº2832000 e protocolo nº 47517206) e o formulário "D" (nº 0401030006888). Pela assessoria, todo o trabalho de execução da obra, sob responsabilidade da Copel, respeita a legislação de meio ambiente.


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