Os motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana podem entrar em greve por tempo indeterminado a parte da manhã da próxima terça-feira (22). A paralisação, caso ocorra, será um protesto contra atrasos no pagamento de benefícios e adiantamento quinzenal por parte das empresas aos empregados.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), o atraso seria recorrente, apesar de cada uma das 27 empresas com empregados vinculados ao Sindimoc apresentar casos diferentes quanto aos atrasos. A assessoria de imprensa do sindicato informou que, das 27 empresas, 13 realizaram os pagamentos.
O Sindomoc determinou um prazo até segunda-feira (21) para que as empresas realizem o pagamento dos benefícios e adiantamentos salariais. Caso o pagamento não seja efetuado, os membros do sindicato pretendem realizar uma assembleia na madrugada de terça-feira (22) e deflagrar a greve na sequência.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que o pagamento é realizado todo mês até o dia 20. Neste mês de outubro, entretanto, o dia 20 será em um domingo. Algumas empresas devem realizar o pagamento até esta sexta-feira (18) e outras no primeiro dia útil "no primeiro dia útil subseqüente", diz a nota.
Legislação – apesar de a realização da assembleia ocorrer no mesmo dia da paralisação, para que uma greve seja deflagrada, o sindicato da categoria, de acordo com o parágrafo único do art. 3° da Lei n° 7.783, de 28 de junho de 1989, deve avisar oficialmente os patrões com 48 horas de antecedência. "A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação".
O Setransp disse, em nota, que soube da possibilidade de greve apenas pela imprensa e não oficialmente. A reportagem tenta entrar em contato com o presidente do Sindimoc para esclarecer esta questão.