O número de homicídios dolosos (com intenção de matar) aumentou 30,3% nos primeiros três meses de 2010 em comparação ao mesmo período do ano passado. De 1º de janeiro a 31 de março deste ano, 1.001 inquéritos desse tipo de ocorrência foram abertos no Paraná. Mais da metade deles, 525 aconteceram em Curitiba e região metropolitana, onde os aumentos foram de 53% e 48%, respectivamente. O número de assassinatos nas regiões de Londrina e Rolândia - cujos dados foram somados - aumentou 10% na comparação entre os dois períodos.
Os dados sobre homicídios em todo o Estado da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Segundo a titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Vanessa Alice, a grande maioria dos assassinatos ocorre na região metropolitana da Capital, principalmente nos finais de semana. Ela não soube comentar o aumento em relação ao ano anterior, quando ainda não estava na delegacia, mas afirma que houve queda no número de casos entre os meses do primeiro trimestre. ''Em janeiro foram 85 homicídios, em fevereiro 80 e março 73. A queda é bem expressiva''.
A assessoria de imprensa da Sesp confirma o aumento, mas informou que fevereiro foi um mês ''atípico'' no que diz respeito ao número de mortes violentas. Em compensação, o número de crimes contra o patrimônio - furtos, roubos e latrocínio - caiu quase 6% no Paraná.
Os furtos, que representam aproximadamente 60% dos crimes contra patrimônio, tiveram diminuição de 7,07%, passando de 24.585, em 2009, para 22.847, de 1º de janeiro a 31 de março deste ano. Os roubos cairam 3,13%.
Houve queda de cerca de 10% no roubo de veículos no Paraná, na comparação entre os períodos. Já o número de furtos de veículos aumentou e a taxa de veículos recuperados no estado equivale a apenas 56,23% do total de furtados e roubados.
Os crimes de ameaça, injúria, difamação, calúnia e constrangimento ilegal representaram 71% do total de crimes contra a pessoa no três primeiros meses de 2010. O secretário de Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, considera que o dado reflete a confiança da população no trabalho da polícia.