A Rede Independência de Comunicação (RIC) estuda colocar no ar, ainda neste mês, um programa voltado à faixa jovem. "Super Teen" ocupará o horário do meio-dia à uma hora da tarde dos sábados, animado pela cantora Carla Bueno. A garota, de 14 anos, está confiante com o novo trabalho, mas sabe que terá muito que aprender. "É mais fácil fazer show", confessa.
Pilotos do programa vêm sendo gravados nas últimas semanas, sempre às segundas e terças-feiras. Aos poucos Carla assume sua porção de apresentadora, porém não esconde a expectativa em ter que permanecer uma hora no vídeo, brincando com a platéia, recebendo convidados.
Um dos quadros, o "Papo Teen", discutirá assuntos atuais ligados à moçada, como sexo e drogas. Para a parte musical virão atrações nacionais do Rio e São Paulo, que dividirão o espaço com artistas locais.
A princípio o "Super Teen" será apresentado na rede estadual, com possibilidades de exibição nacional. "Tenho que ter mais experiência", argumenta a garota. Para ela é um trabalho inédito, uma ciência inexplorada. É muito diferente estar num palco cantando que animando um programa.
"Para mim está sendo super legal esta oportunidade", afirma. Carla lembra que quando começou a cantar houve igualmente uma fase de adaptação e amadurecimento. "A voz evoluiu, tiveram início os shows... Então o trabalho vai crescendo, você vai ficando feliz com isso. Afinal, o sonho de todo artista é fazer sucesso", acredita.
Por essas e outras, justamente, este é o objetivo que a leva "a trabalhar bastante, a correr atrás". A empreitada está dando certo, daí a jovem comentar estar "bem feliz com as portas que estão se abrindo". Entretanto outros cuidados precisam ser tomados. "Demos uma parada com os shows para eu me dedicar mais ao programa", revela.
Enquanto rola esta história em sua vida, o segundo CD, "Carla Bueno", vai fazendo sozinho sua carreira. "Está tocando bastante em Curitiba, no interior de Minas, em Tocantins. No Brasil todo", afirma.
Antenada no gosto da juventude, diz que as novas gerações curtem a linguagem da MTV, o Programa Livre (SBT) e congêneres. É por esse caminho que ela pretende seguir, sem ter especificamente a quem se espelhar. Ou seja, as influências são várias e nenhuma ao mesmo tempo. "Vou assistindo, prestando atenção e no palco criando o meu jeito de ser", comenta decidida.
Carla confessa que não é fácil ser apresentadora, por mais que assim o pareça. "Você tem que saber o que está falando, seguir a ficha, estar atenta para a câmara, usar melhor a dicção. Tem que convencer a pessoa que está do outro lado do aparelho, daquilo que está dizendo".
Esse jogo até então desconhecido, transformou-se num aprendizado intensivo. Um dos segredos para ir em frente está no "amor ao trabalho". "Este amor eu tenho desde os 8 anos em que comecei a cantar, sempre batalhando. Cada dia que alcanço mais resultados, é claro que fico mais feliz, e assim este cresce sucessivamente".