Paraná

Carro explode ao ser abastecido com GNV

10 nov 2002 às 18:42

Um automóvel Gol explodiu ao ser abastecido com Gás Natural Veicular (GNV) na manhã de sábado, no posto Cem, na BR-116, em Curitiba. Segundo informações da Compagás, a empresa que fornece o produto, o acidente aconteceu porque foi feita uma ligação irregular para possibilitar o abastecimento com GNV. Na explosão não houve fogo, apenas deslocamento de ar -o suficiente para destruir o carro e fazer peças voarem a mais de 80 metros. Ninguém ficou ferido. O acidente, o primeiro desse tipo no Estado, foi atendido pela Polícia Científica, Siate e técnicos da Compagás.

O automóvel, um Gol cinza placas AJL 9856, foi encaminhado para perícia, e o laudo deve sair nos próximos dias. Uma provável punição ao motorista só será definida quando a polícia concluir o inquérito.


De acordo com a versão fornecida pela assessoria de imprensa da Compagás, o motorisa do Gol -cujo nome não foi divulgado-, ligou uma mangueira a um botijão normal de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), e não a um botijão específico para GNV, que aguenta pressão de 220 atmosferas. Como o botijão de GLP suporta pressão próxima a 15 atmosferas, ele explodiu antes de o frentista conseguir abastecer R$ 5,00. A mangueira ficou encoberta pelo carpet do carro, o que impediu o frentista de perceber a ligação irregular.


Ninguém ficou ferido porque o funcionário do posto -um dos nove que fornece GNV na Capital- obedeceu aos procedimentos de segurança, que obriga as pessoas a saírem do carro enquanto ele é abastecido.


A Compagás informou ainda que, quando um veículo faz a conversão para o GNV, o Departamento de Trânsito (Detran), precisa ser informado, o que não teria ocorrido nesse caso. A empresa aproveitou o episódio para explicar que o GNV é menos poluente, e que a conversão nos automóveis precisa ser feita em oficinas credenciadas pelo Inmetro. O uso de botijões de GLP em carros é proibido por lei.

A Folha procurou neste domingo a direção do posto Cem para comentar o acidente, mas foi informada que o proprietário, João Batista, só voltaria nesta segunda-feira pela manhã.


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