"Chegou com pé direito": É deste modo que a agrometeorologista Heverly Morais, que estuda o clima para a agricultura, define outubro de 2021, que vem se revelando à contramão da seca presente desde 2019 em Londrina e região.
Há uma semana desde seu início, o sucessor de setembro já é marcado por 139 milímetros de chuva, com potencial para alcançar em breve a média pulviométrica histórica de 152 mm, referente a todos os seus 31 dias.
Leia mais:
Espetáculo 'Arte Total' será promovido nesta sexta em Londrina
Cumprimento entre Lula e Milei viraliza nas redes sociais
Família de Londrina realiza sonho de pioneira em doar casa para a caridade após falecimento
Projeto cultural que promove encontros comunitários chega em Florestópolis nesta quarta
Safra de verão
Produtores de soja, que preparam a safra de verão, comemoram o auxílio da chuva no ciclo vegetal inicial. A indicação do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) é que este grão fosse plantado a partir de 13 de setembro.
Já a produção do milho veio atrasada em 2021 e enfrentou consequências. Por volta de fevereiro, o plantio da espécie já deveria ser feito, mas ocorreu de maio a junho, coincidindo com o rigoroso período das geadas, analisa Morais.
Mas a chuva não agrada igualmente a todos e tira o sono dos trigocultores que ainda não promoveram a colheita. O ideal é colher o grão que origina o pão com clima estável, já que o solo permanece úmido agora.
No entanto, segundo a pesquisadora, os preocupados com a instabilidade são minoria, já que, na atual temporada, a soja é quem predomina pelas campos do norte paranaense.
As hortaliças folhosas também não se adaptam positivamente na chuva e podem ser danificadas, mas as demais espécies de verduras suprem suas necessidades hídricas.
Tomate, cana-de-açúcar e o café são outras lavouras beneficiadas pelo clima instável.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.