O grupo extremista Estado Islâmico disse nesta quinta-feira (10) que os sírios refugiados na Europa cometem um pecado grave, porque "nessas terras regem as leis do ateísmo e da indecência".
Na edição de setembro da revista do grupo radical sunita, com o título Dabiq, os jihadistas criticaram os sírios e os líbios que "arriscam as próprias vidas e as próprias almas" e que abandonam voluntariamente a pátria do Islã pela terra dos infiéis.
Os terroristas advertem que as crianças na Europa e nos Estados Unidos estão sob "a constante ameaça do sexo, da sodomia, das drogas e do álcool".
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O grupo reforçou que, mesmo que não caiam em pecado, é provável que as pessoas esqueçam a voz do Alcorão, o árabe, situação que "torna o regresso à religião [islamismo] e ao ensinamento mais difícil".
O Estado Islâmico mostrou-se duro com aqueles que fogem do califado proclamado pelos jihadistas, em junho de 2014, nos territórios que controlam na Síria e no Iraque, garantindo, no entanto, que a maioria das famílias foge de áreas controladas pelo regime sírio ou pelas forças curdas.
Centenas de milhares de pessoas têm fugido dos conflitos que afetam o Oriente Médio e da repressão terrorista, especialmente na Síria, para procurar um refúgio seguro na Europa. A Organização Internacional para as Migrações informou esta semana que mais de 2.760 migrantes morreram este ano quando tentaram fazer a travessia pelo Mar Mediterrâneo.
Ainda na edição de setembro da revista digital em inglês, os jihadistas mostram fotografias da destruição de dois templos da cidade síria de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura como Patrimônio Mundial da Humanidade em 1980.
A publicação jihadista divulgou também fotografias de dois reféns, o norueguês Ole Johan Grimsgaard-Ofstad e o chinês Fan Jinghui. Nas imagens, os dois reféns aparecem com cartazes com a frase em inglês: "Prisioneiro à venda".