O secretário da Justiça e Cidadania, Aldo Parzianello exonerou, nesta segunda feira, o chefe de segurança da Casa de Custódia de Londrina, Jaicler Marques da Silva. O afastamento foi causado pela denúncia de agressões a presos daquela unidade. No lugar de Jaicler, assume Adilson Barbosa de Souza, agente da Penitenciária Estadual de Londrina.
Parzianello também determinou que a empresa terceirizada que administra a CCL afaste o gerente operacional, capitão Diorgenes Gonçalves e os funcionários Marco Antônio de Pontes, Osmar da Costa Leão e Ricardo Mesquita. Contra todos, existe a suspeita de participação direta ou indireta nas agressões.
O secretário adotou medida semelhante a que gerou o afastamento de agentes e funcionários administrativos da Casa de Custódia de Curitiba (CCC) - ocorrida após sindicância que constatou tortura de nove presos - e ressaltou o respeito à integridade do preso como diretriz maior do sistema penitenciário. "Já existe lei para correções e o Estado não vai admitir violência física", afirmou.
Investigação - A determinação da Secretaria de Justiça ocorreu após sindicância que durou 15 dias e resultou em relatório de mais de 800 páginas. Foram analisados documentos da unidade, processos da Vara de Execuções Penais e encaminhadas, para perícia, fitas de vídeo do circuito fechado de televisão.
"Saberemos se houve mesmo as agressões ou, até mesmo, se o sistema de câmeras foi desligado intencionalmente", disse o coronel Antônio Tadeu Rodrigues, que coordenou a sindicância e entrevistou presos e funcionários.
Também na CCC o afastamento ocorreu após intervenção da Secretaria na unidade e a instalação de sindicância para apurar as denúncias. O diretor e seu vice foram exonerados após a conclusão da investigação interna por não terem tomado as providências que o caso exigia. Todos os agentes afastados eram do Instituto Nacional de Administração Penitenciária (Inap) e estão respondendo a processo criminal na justiça comum.