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O mistério ronda as oscilações do preço da gasolina em Londrina. O combustível, que chegou a ser vendido por R$ 2,19 o litro há menos de um mês, era encontrado ontem, em vários postos da cidade, por R$ 1,89. Proprietários da maioria dos estabelecimentos procurados pela Folha se recusaram a explicar o ajuste de preços. Os poucos que emitiram opinião atribuem a mudança à concorrência acirrada.
Emílio Santaella, proprietário de um posto na região oeste, afirmou que algumas companhias distribuidoras estão vendendo gasolina com preço promocional. Conveniados dessas empresas abaixaram o valor cobrado na bomba para R$ 1,89, forçando, dessa forma, os outros concorrentes a ajustarem os preços. ''Estou sem margem'', disse ele, que trabalha com bandeira branca.
Proprietário de um estabelecimento na região central, Paulo Camargo confirmou a versão de seu concorrente. Dono de um posto de bandeira Ipiranga, ele revelou que a companhia também fez promoção depois que outras distribuidoras abaixaram o preço. Ele trabalha, hoje, com margem de 4% sobre a venda do produto. ''A média praticada pelo setor é 13%'', comparou.
O empresário não acredita que os preços baixos permaneçam por muito tempo. ''Os postos não têm oxigênio para manter esses valores'', justificou. Camargo afirmou, ainda, que o mercado do setor de revenda é complicado por causa da ''concorrência desleal''. ''Quem trabalha de acordo com a lei concorre com postos que sonegam impostos e vendem combustível adulterado'', reclamou.
Para Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis do Paraná, as oscilações de preço, em Londrina, são inexplicadas. ''É totalmente impossível vender gasolina por esse valor (R$ 1,89)'', afirmou. De acordo com o site da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro de gasolina vendido na cidade variou, no atacado, de R$ 1,80 a R$ 1,90 na semana passada.
Para Fregonese, o cenário indica prática de dumping (quando as empresas vendem por preços menores que o de custo para forçar a concorrência). ''As autoridades precisam abrir um processo investigativo'', cobrou. Outra possível explicação para o barateamento, segundo o dirigente, é a venda de combustível adulterado com violação de bandeira.
Consumidores receberam a notícia de queda nos preços com satisfação e desconfiança. ''Por mim, pode ficar ainda mais barato, desde que não haja alteração na qualidade'', afirmou o motorista autônomo Antônio Grade, 62. Essa é a mesma opinião do professor Ranildo Ferreira, 49. ''Espero que seja apenas concorrência, que não haja adulteração'', disse.
Emílio Santaella, proprietário de um posto na região oeste, afirmou que algumas companhias distribuidoras estão vendendo gasolina com preço promocional. Conveniados dessas empresas abaixaram o valor cobrado na bomba para R$ 1,89, forçando, dessa forma, os outros concorrentes a ajustarem os preços. ''Estou sem margem'', disse ele, que trabalha com bandeira branca.
Proprietário de um estabelecimento na região central, Paulo Camargo confirmou a versão de seu concorrente. Dono de um posto de bandeira Ipiranga, ele revelou que a companhia também fez promoção depois que outras distribuidoras abaixaram o preço. Ele trabalha, hoje, com margem de 4% sobre a venda do produto. ''A média praticada pelo setor é 13%'', comparou.
O empresário não acredita que os preços baixos permaneçam por muito tempo. ''Os postos não têm oxigênio para manter esses valores'', justificou. Camargo afirmou, ainda, que o mercado do setor de revenda é complicado por causa da ''concorrência desleal''. ''Quem trabalha de acordo com a lei concorre com postos que sonegam impostos e vendem combustível adulterado'', reclamou.
Para Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis do Paraná, as oscilações de preço, em Londrina, são inexplicadas. ''É totalmente impossível vender gasolina por esse valor (R$ 1,89)'', afirmou. De acordo com o site da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro de gasolina vendido na cidade variou, no atacado, de R$ 1,80 a R$ 1,90 na semana passada.
Para Fregonese, o cenário indica prática de dumping (quando as empresas vendem por preços menores que o de custo para forçar a concorrência). ''As autoridades precisam abrir um processo investigativo'', cobrou. Outra possível explicação para o barateamento, segundo o dirigente, é a venda de combustível adulterado com violação de bandeira.
Consumidores receberam a notícia de queda nos preços com satisfação e desconfiança. ''Por mim, pode ficar ainda mais barato, desde que não haja alteração na qualidade'', afirmou o motorista autônomo Antônio Grade, 62. Essa é a mesma opinião do professor Ranildo Ferreira, 49. ''Espero que seja apenas concorrência, que não haja adulteração'', disse.