O Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização do Transporte Coletivo de Londrina informou nesta segunda-feira (24) que fará uma denúncia contra a Polícia Militar. O movimento acusa a corporação de abuso de autoridade durante o 3º Ato Contra o Aumento da Tarifa, realizado no dia 22 de janeiro deste ano.
O Comitê pelo Passe Livre informou que realizará uma audiência com o promotor de Direitos Constitucionais às 14h desta segunda-feira, no prédio do Gaeco para formalizar a denúncia. Depois disso, o grupo seguirá para a Corregedoria da PM, onde fará outra denúncia.
Um dia após o protesto, o Comitê pelo Passe Livre divulgou um vídeo onde dois policiais à paisana abordam um grupo de manifestantes na Concha Acústica. Na ocasião, o grupo reclamou da violência na abordagem. Em nota, o Comitê alega que no dia "dois policias militares à paisana - sem uniforme e sem qualquer identificação - apontaram armas em direção a eles e ordenaram que levantassem as mãos à cabeça". Ainda conforme os manifestantes, um dos policiais teria dado um soco no peito de um estudante ao ser questionado sobre sua identificação.
O Comitê alega também que seus integrantes tiveram seus celulares confiscados, vídeos apagados e receberam voz de prisão por "desacato à autoridade".
Na época em que o vídeo foi divulgado o porta-voz da Polícia Militar em Londrina, capitão Ricardo Eguedis afirmou que "em nenhum momento houve conduta contra a manifestação". Segundo Eguedis, as prisões na Concha Acústica ocorreram "mediante a constatação de que as pessoas estavam praticando algum crime".