Londrina tem cerca de dez mil motoristas de aplicativos cadastrados e estima-se que, todos os meses, em torno de R$ 4 milhões saiam da cidade por meio das plataformas estrangeiras que conectam os condutores aos passageiros.
Quem já usou o serviço, provavelmente deve ter ouvido, em algum momento, as reclamações dos motoristas sobre a precarização da atividade. Uma das principais queixas está relacionada à necessidade de cumprir extensas jornadas de trabalho para garantir uma remuneração suficiente para arcar com as despesas mensais.
Com o objetivo de melhorar as condições de trabalho desses profissionais e proporcionar um rendimento mais justo a quem atua na linha de frente do serviço, foi oficializada, nesta quarta-feira (17), a Cooperativa dos Motoristas de Aplicativos de Londrina e Região e foi realizado também o lançamento do 43MOB, uma plataforma local de oferta de carro por aplicativo.
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O presidente da cooperativa, João Batista da Silva, disse que a entidade recém-criada tem a finalidade de atender às demandas da categoria e o principal atrativo é a possibilidade de tornar os motoristas proprietários da plataforma.
“Hoje, as grandes operadoras estão mandando valores para os motoristas, por corrida, que não cobrem nem os custos. Na outra ponta, ficam os passageiros, que esperam muito tempo por um carro e não é atendido adequadamente.”
Segundo esses profissionais, as grandes plataformas já consolidadas no mercado chegam a ficar com 40% do valor de uma corrida. Com o aplicativo local, a expectativa é que esse percentual caia para, no máximo, 15%.
A consequência dessa redução é remunerar melhor o trabalhador. O trabalho cooperado também oferece a possibilidade de cada associado ter uma cota de participação no negócio. No momento, a entidade conta com 200 cooperados, mas a expectativa é chegar aos dois mil em breve.
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