O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 25 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (24), na Câmara Municipal de Londrina e em outros locais na cidade, no âmbito da chamada "Operação ZR3", que investiga a negociação e a aprovação de projetos de loteamento no município. O promotor Jorge Barreto da Costa, coordenador do Gaeco, revelou que as investigações começaram em fevereiro de 2016.
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Foram feitos pedidos de prisão para os vereadores Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), mas a Justiça não os acatou. Ambos deverão, entretanto, usar tornozeleiras eletrônicas. No pleito anterior, Takahashi foi reeleito para a Câmara com 4.192 votos e, em 1º de janeiro de 2017, eleito presidente da Casa para o biênio 2017-2018. Alves recebeu 3.094 votos nas últimas eleições.
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Em entrevista coletiva nesta manhã, Miguel Aranega Garcia, procurador jurídico da Câmara, comentou o fato. "Foi feito o cumprimento do ato processual expedido pelo Gaeco. Desta forma, o presidente da Casa [Takahashi] deixa as suas funções assim como o vereador [Alves] também. Ambos estão impedidos de entrar na Câmara por 180 dias. Não sabemos ainda de todo o processo, pois ainda iremos analisar toda a questão. Evandir Duarte de Aquino [chefe do gabinete de Alves] também está proibido de entrar no espaço público."
O vereador Ailton Nantes (PP), vice-presidente da Câmara Municipal de Londrina, assumirá o cargo de presidente. Por enquanto ambos os vereadores afastados não serão substituídos por seus suplentes.
Os advogados de Takahashi e de Alves afirmaram à reportagem que não vão se pronunciar enquanto não conhecerem todo o processo.
Em nota de esclarecimento, o Procurador-Geral do Município de Londrina, João Luiz Martins Esteves, informa que, "em virtude da Operação ZR3, desencadeada nesta quarta-feira (24) com atuação do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com investigações que remontam ao ano de 2013, acatando a determinação, afastou um servidor efetivo da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, que é alvo desta investigação, juntamente com ex-secretários municipais, empresários e vereadores. A atual gestão está auxiliando o Gaeco no que é necessário à investigação, cujo período de apuração tem início no ano de 2013. E ainda que, por correr em Segredo de Justiça, todas as informações requisitadas serão enviadas diretamente ao Gaeco e ao juízo da 2ª Vara Criminal, que comandam o processo de investigação".
(Atualizada às 19h)