A Feira das Profissões tem como principal objetivo apresentar os 52 cursos de graduação, sobretudo, aos estudantes que cursam o ensino médio e que, em breve, terão de escolher seu caminho acadêmico e profissional.
A reitora da UEL, Marta Fávaro, explica que o evento demanda uma organização intensa, que envolve desde coordenadores de curso até docentes e estudantes. "O planejamento da Feira das Profissões começa muito antes, porque é algo muito grande. Todos os coordenadores, docentes e estudantes envolvidos precisam se organizar para realizar as tarefas e proporcionar uma boa experiência para quem nos visita", conta.
Fávaro ressalta, ainda, que a Feira das Profissões acontece no período em que as inscrições para o vestibular da UEL ainda estão abertas. A data é, segundo a reitora, selecionada de forma estratégica para que os alunos do ensino médio consigam diminuir suas incertezas e, assim, tomar decisões mais concretas no momento de escolher o curso.
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"Como os cursos são apresentados pelos estudantes da graduação, a linguagem é muito próxima da linguagem dos alunos do ensino médio, o que torna a compreensão mais simples e faz com que esses jovens que ainda não estão na universidade se sintam mais à vontade para tirar suas dúvidas."
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Muitos dos estudantes que visitam a UEL aproveitam o momento para conhecer, também, os espaços do campus, bem como as oportunidades que a universidade pública oferece para os alunos, como a participação em projetos de pesquisa, de extensão e atividades extracurriculares.
A estudante do 3º ano do ensino médio Mariana Ribeiro, que veio de Assis (SP), esteve pela primeira vez na UEL na manhã desta terça-feira e afirma estar surpresa com as possibilidades que a instituição oferece.
"Estou aqui desde cedo e já passei por boa parte dos cursos. O mais legal, para mim, foi ouvir dos alunos que a graduação não são somente aulas. Já vi, inclusive, alguns projetos que adoraria participar", conta a estudante, que pretende cursar ciências biológicas.
Livia Prado, estudante do 3º ano da Etec (Escola Técnica Estadual) de Ourinhos (SP), pretende trabalhar na área de tecnologia e, por isso, considera cursar Ciência da Computação. Durante a Feira das Profissões, Prado visitou o estande do curso e disse ter gostado do que os graduandos apresentaram.
"A área é muito interessante e eu gostei do que o pessoal da computação fez. Mesmo assim, eu e meus amigos escolhemos mais alguns cursos para conhecer aqui. Passamos, também, lá no espaço que os alunos de Direito", conta.
Para a estudante, o evento e a iniciativa da escola em levar os alunos até a Feira são fundamentais para que os alunos façam uma escolha assertiva. "Eu achei muito legal ter vindo aqui, porque pra gente, que precisa escolher um curso para prestar o vestibular esse ano, estar perto de quem faz o que a gente tem interesse faz toda diferença. A gente consegue ter mais certeza se é aquilo mesmo que quer."
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Os alunos do ensino médio não são os únicos beneficiados pelas experiências proporcionadas pela Feira das Profissões da UEL. Os estudantes de graduação, que se envolvem na produção, na organização e na realização do evento, também desfrutam de um momento importante para sua formação profissional.
Jhenifer Fernandes Juliani, que cursa o 2º ano de Artes Visuais, conta que recepcionar e promover atividades para os estudantes das escolas têm sido uma oportunidade, principalmente, para os graduandos que pretendem trabalhar com a licenciatura. "Preparamos muitas atividades para recebê-los e, no caso do curso de Artes Visuais, muitos querem ser professores e podem ter uma primeira experiência logo agora", relata.
Os alunos de Artes Visuais organizaram, além de uma exposição com os trabalhos produzidos pelos graduandos e seus docentes, oficinas de pintura, desenho e escultura. O objetivo das atividades é fazer com que os estudantes conheçam não somente a ementa e as disciplinas que são estudadas, mas todos os trabalhados que podem ser produzidos a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo das aulas.
MOVIMENTO INTENSO
O movimento pelo campus foi intenso na manhã desta terça-feira e as atividades seguem durante a tarde e à noite, até às 21h. O CCE (Centro de Ciências Exatas) e o CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo) chamaram atenção de milhares de estudantes.
No Departamento de Construção Civil, os alunos das escolas formaram filas para acessar a sala repleta de trabalhos confeccionados pelos graduandos de Engenharia Civil. Luciane Marcela Filizola é professora do curso e participou da organização das atividades. Segundo a docente, o principal objetivo foi preparar algo que fosse atrativo para os adolescentes e os jovens.
"Procuramos alguns elementos para serem expostos, além de escolhermos projetos para serem colocados nos projetores. Também trouxemos vários protótipos de diferentes áreas, como uma estação de tratamento de água e um teodolito. Queremos que os alunos do ensino médio consigam visualizar o que um engenheiro civil faz", explica Filizola.
'TODA INFORMAÇÃO É UM MUNDO NOVO'
A professora de Língua Portuguesa Andressa Galvão, que leciona em duas instituições de ensino em Londrina, esteve no campus pela manhã para acompanhar seus alunos. Para Galvão, a Feira das Profissões é importante não somente para os estudantes do terceiro ano, mas também para os alunos dos anos iniciais do ensino médio.
"Hoje estou aqui também com os alunos dos primeiros anos e eles são muito curiosos. Eles querem saber, mas não sabem para onde ir. Por isso, precisam de um direcionamento e, quando eles chegam aqui, têm acesso aos acadêmicos, que indicam esse caminho. Se não fosse aqui, eles não teriam essas informações", conta.
Essa é a segunda vez que Galvão acompanha os estudantes na Feira das Profissões e, no ano passado, a professora conta que a experiência foi enriquecedora para seus alunos.
"Os estudantes são muito interessados e toda informação é um mundo novo para eles. O balanço que a gente tira é que os adolescentes precisam de direcionamento. Temos que ter esperança nos jovens, mas eles precisam ser direcionados, porque vivemos em um mundo com muita informação e nem sempre é fácil saber qual informação é válida ou qual deve ser descartada."