Em Londrina, as chuvas de outubro registraram
índices superiores à média histórica para o mês, segundo dados do
Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná)
divulgados nesta terça-feira (1º). Mesmo acima da média de 164,7 mm (milímetros), outubro de 2022 apresentou volume menor que o mesmo mês de 2021. Segundo o Simepar, no ano passado foram registrados 303,6 mm, ante 262,2 mm neste ano.
No restante do Paraná, a situação não é diferente. As regiões Oeste e Sudoeste foram as mais afetadas por chuvas intensas e temporais. Foram registrados vendavais, inundações, fortes enxurradas e quedas de barreiras. Em Francisco Beltrão, o volume chegou a 523,2 mm, ultrapassando em 298,5 mm a média histórica, de 224,7 mm. Já em Pato Branco, foram 291,3 mm a mais que a média histórica (232,7 mm), totalizando 524 mm no mês. Por conta do volume expressivo, o governo do estado chegou a decretar situação de emergência no dia 14 de outubro nas regiões Oeste, Sudoeste, Centro-Sul e Sul do estado. A medida garante mais agilidade no atendimento à população afetada.
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Outras cidades também registraram volume elevado de chuvas. Em Cascavel, choveu 265 mm a mais do que a média histórica (228,8 mm) totalizando 493,8 mm. Cidades como Palotina (437,8 milímetros em outubro), Capitão Leônidas Marques (483,8 mm) e São Miguel do Iguaçu (415,4 mm) registraram mais de 200 mm em relação às respectivas médias históricas.
Na região Central, o município de Cândido de Abreu superou em 134,3 mm a média histórica para o mês, 186,8 mm. O total chegou a 321 mm em outubro. Em Pinhão, no Centro-Sul, choveu 423,8 mm – aumento de 210,1 mm em relação média (de 213,8 mm).
Dos 46 pontos analisados no Paraná, em apenas sete a anomalia
(diferença entre as chuvas do mês e a média histórica) apontou queda nas
precipitações.
Mês de temporais
Por conta das fortes chuvas que assolaram diversas localidades do Paraná, o foverno do estado adotou durante o mês de outubro uma série de ações para atender a população afetada, por meio de iniciativas da Copel e Sanepar para restabelecer redes de energia e abastecimento de água. Por meio da Coordenação Estadual de Defesa Civil, o Governo articulou arrecadação de donativos e enviou ajuda humanitária (colchões e kits de higiene) para as regiões mais atingidas.
Os reflexos das chuvas de outubro ainda estão sendo sentidos em algumas localidades. Equipes da Copel seguem em campo na execução dos reparos a fim de regularizar os serviços a 31 mil domicílios que estão sem energia em todo o estado. Destes, 9,7 mil estão na região Norte, 8,5 mil no Leste, 5,7 mil no Oeste, 4,3 mil no Centro-sul e 2,8 mil no Noroeste.
As chuvas também prejudicaram o fornecimento de água em diversas cidades. Segundo a Sanepar, a queda de energia e o aumento da turbidez dos sistemas de captação, provocados por temporais, são os principais fatores que afetam o abastecimento.
A Sanepar orienta para que a população faça uso da água, priorizando alimentação e higiene pessoal e reforça que só ficarão sem água os clientes que não têm caixa-d’água no imóvel, conforme recomendação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O Serviço de Atendimento ao Cliente Sanepar é feito pelo telefone 0800 200 0115, que funciona 24 horas. Ao ligar, é preciso ter em mãos a conta de água ou o número de sua matrícula.