Uma turma de 123 formandos do curso de medicina de uma universidade particular de Maringá (Noroeste) viveu a frustração de ter o baile de formatura cancelado por uma empresa de Santa Catarina no último sábado (21), quando estava programado o evento que teve um custo de aproximadamente R$ 3 milhões.
A comissão de formatura procurou a Polícia Civil que investiga a suspeita de estelionato e extorsão por parte da empresa, que alegou problemas contratuais e chegou a pedir mais R$ 2.500 no dia da formatura, por estudante, para que a festa fosse realizada conforme o contrato.
Sem acordo, houve a tentativa de desmontar a estrutura da festa, mas a comissão apelou para a Justiça que decidiu pela apreensão cautelar de veículos e bens da empresa que estavam no Parque Exposição, onde seria realizado o evento.
O delegado de estelionato Fernando Garbelini lembrou que o problema começou na última quinta-feira (19) durante o jantar dos formandos, quando a empresa contratada tercerizou o buffet e passou um valor abaixo do contrato para um prestador do serviço da cidade de Maringá.
“O orçamento previsto era de R$ 600 mil, mas a empresa da cidade recebeu cerca de R$ 120 mil para promover o jantar, que ficou abaixo do esperado pelos formandos”, informou.
A situação se agravou ainda mais no dia da festa, quando a empresa alegou problemas financeiros e sem o pagamento do dinheiro extra pedido, comunicou o cancelamento do evento.
“A Polícia Militar foi acionada e o representante da empresa foi levado para delegacia e alegou problemas contratuais e econômicos. Vamos apurar se isso procede, se houve dolo e fraude desde o início, quando o contrato foi assinado, o que pode caracterizar o crime de estelionato”, afirmou Garbelini.
O delegado adiantou que vai ouvir os responsáveis pela comissão de formandos e os proprietários da empresa, além de investigar o destino do dinheiro pago, pois fornecedores e uma dupla sertaneja também não receberam o valor acordado.