As principais centrais sindicais do País divulgaram na tarde deste sábado, 12, uma carta de apoio à greve dos servidores federais em todo o Brasil. O documento, assinado pelos presidentes da CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT, foi publicado no site das entidades e repudia o que chama de "autoritarismo" do governo no trato das demandas dos trabalhadores. O comunicado também defende o aprofundamento das negociações para a normalização dos serviços públicos afetados.
A paralisação já conta com mais 30 categorias e 350 mil servidores, entre policiais federais, fiscais da receita, inspetores da vigilância sanitária, professores e outros. A falta de efetivo vem causado transtornos como filas nos aeroportos, bloqueio de mercadorias nos portos, cancelamentos das aulas nas universidades, entre outros.
No comunicado divulgado neste sábado, as centrais pedem a regulamentação da Convenção 151 - da Organização Internacional do Trabalho (OIT) -, que trata do direito à greve e organização coletiva dos trabalhadores. As entidades criticam o corte de ponto e a substituição de grevistas pelo governo, afirmando que isso "serve apenas para acirrar os ânimos e por lenha na fogueira do descontentamento do funcionalismo público federal."
As centrais atribuem a situação atual à falta de disposição desta e de outras administrações em dialogar com os funcionários e afirma que "há décadas (os trabalhadores são) submetidos à uma política de desvalorização da carreira de servidor e de arrocho salarial."
No fim do texto, as centrais reafirmam que a saída para a paralisação está na disposição das partes de sentarem à mesa e negociarem "até a exaustão". As entidades dizem visar uma "solução rápida do conflito" e a redução dos prejuízos causados à população.