O Grupo Carrefour vai exigir que seguranças usem câmeras corporais em áreas externas das lojas após registrar mais um caso de violência contra pessoas negras no último dia 5.
Fiscais e funcionários terceirizados do Grupo Carrefour serão obrigados a usar câmeras corporais em áreas externas. Desde 2021, a câmera é usada por seguranças que atuam no interior das lojas, de acordo com a empresa.
A medida foi anunciada após vídeo que mostra duas pessoas sendo agredidas na parte externa de um Big Bom Preço de Salvador, que faz parte do Grupo Carrefour.
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Em nota, o Carrefour afirma que a implementação das câmeras corporais será finalizada até o final do ano.
O Carrefour também diz que, até o final de maio, profissionais internos e terceirizados vão concluir o ciclo anual do programa "Eu pratico respeito", focado no atendimento aos clientes.
Nas lojas Atacadão, o Carrefour também interrompeu a circulação de seguranças pelos corredores. A medida foi implementada no dia 12 de abril.
Histórico de violência
O Grupo Carrefour já foi acusado de casos de agressão ou atos racistas.
No caso mais recente, um vídeo mostra uma mulher com a mochila aberta e alguns sacos de leite em pó. Ela é questionada por um segurança, que dá tapas no seu rosto. Um homem que está ao lado dela também é agredido.
Em abril, uma mulher tirou a roupa em um mercado em Curitiba após afirmar que um segurança a perseguiu dentro da loja. "Sou uma ameaça?", escreveu no corpo.
Em 19 de novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi morto no estacionamento de um supermercado Carrefour em Porto Alegre na véspera do Dia da Consciência Negra. Ele foi sufocado e espancado por um segurança e um policial militar temporário.