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Poemas do livro Amor, Amor, Amor - Tecendo Emoções

12 jun 2023 às 10:31

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- Capa elaborada por Jéssica Iancoski, da editora Toma Aí Um Poema
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Hoje, 12 de Junho, Dia dos Namorados, é um momento especial para expressar o amor. 

Uma flor, um chocolate, um vinho, uma joia, um abraço, um beijo, muito carinho.

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O amor é o melhor presente do mundo.

Leia mais:

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Ontem ganhei o dia (Crônica de Marli Boldori)

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Banco de Primavera - por Vanice Zimerman

Na continuação poemas de amor do e-book "Amor, amor, amor - Tecendo Emoções" de Isabel Furini, da editora Toma Aí Um Poema (a venda na Amazon Kindle).

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Tiquetaque

o relógio tiquetaqueando

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nos ângulos da memória

convida para uma dança

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e desperta as emoções

reescrevendo nossa história

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de amor

renovar o amor

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é reinventar o mundo

Isabel Furini

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*

Palavras de amor

Enxame de palavras de amor- da pequena boca
saem todas juntas
ferozes

e

loucas

algumas palavras chicoteiam a moral

extravasam emoções

expressam contradições

sonhos

paixões

forte magnetismo

e ocultos abismos.

Isabel Furini

*

Sedução no inverno da vida

Ouço a sua voz aveludada

- através de sua boca

o inverno se torna primavera

é possível ouvir entre as ondas

as vozes enganadoras das sereias

vou fingir que acredito

nesse sonho azul anil

(riscado como um disco de vinil)

pois sei que ambos estamos muito perto

da implacável barca de Caronte

por isso quero ficar ao lado da janela

olhando o céu

e fugir pela linha do horizonte

sem pranto, sem ódio e sem pena

pois qualquer idoso sabe

que amar é triturar fronteiras.

Isabel Furini

*


Mudança de perspectiva

acuada

e com feridas

no corpo e na alma

percebe: a sua história de amor

não é um romance

de ternura e de paixão

a sua história de amor

é um maldito drama

que termina com lágrimas, ódio e dor

Isabel Furini

*

Ponte


caminhar com passos clandestinos

pela estreita ponte tendida

sobre o abismo do passado

observar o jardim que carrega

um mundo imaginário

sentir o desejo de voltar no tempo

e vivenciar os momentos de felicidade

de um eterno amor

perceber o bloqueio desse abismo sinistro

com aparência espiral

que nos condena a enfrentar a realidade

e viver no constante agora

agora

agora

agora

(agora é momento de solidão)

Isabel Furini






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