Em 05 de juho de 1972 foi estabelecido O Dia Mundial do Meio Ambiente.
Nesse dia aconteceu em Estocolmo, a primeira conferência das Nações Unidas sobre a necessidade de proteger e conservar nosso meio ambiente. Evitar o desmatamento, especialmente das matas ciliares (vegetação no entorno dos rios, lagos, etc.).
É importante não poluir os rios, lembrar que rios não são lixeiras. Não é uma atitude saudável e prejudica a natureza jogar lixo nos rios, pois pode causar entupimento das redes de drenagem de águas pluviais e inundações.
Vamos fazer a nossa parte, vamos cuidar da cidade.
Na continuação dois poemas inspirados nas últimas enchentes.
ALAGAMENTO (Poema de Isabel Furini)
o pássaro submerso na tristeza
das águas que invadiram as cidades
não canta mais perto da janela
da velha casa de madeira
(destruída)
agora chora sem lágrimas
e na quietude
imita sem pudor o silêncio das pedras
Poema de Isabel Furini, autora do livro "Dançando entre as estrelas" da Nogue editora.
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A FÚRIA DE UM RIO - Poema de Atilio Andrade
Me perguntam quem sou
Porque estou violento
Levo tudo, e por tudo vou
Um dia já fui lento
Hoje atropelo tudo
Pois fecharam meu caminho
Tento passar fico mudo
Então não consigo, invado teu ninho.
*
Só quero passar, e meu curso
Cheio de entulhos, tento empurrar
Urro como um urso...
No desespero , por querer passar.
*
Chamo e tenho ajuda, do vento e chuva
Que urrando e chicoteando anseios
Atropelo o que pela frente uiva
Contorno tudo, usando a rua.
*
E, encolhido, em meu leito
Vejo tua ansiedade,
Arrasto tudo e fico satisfeito
Destruindo, pouco a pouco, tua cidade.
*
Atílio Andrade
Poeta autor do livro "Passarela, um novo olhar".