A confusão de Adriano e seus colegas de Flamengo com a noiva do Imperador é apenas mais um problema para Dunga resolver até a Copa do Mundo.
Sem rezar pela cartilha do treinador, que claramente mostra preferências para aqueles jogadores que lhe bajulam, o atacante tem poucos meses para se recuperar se não quiser perder a vaga na Copa.
Se não for, seu substituto deverá ser Nilmar, já que as chances de Ronaldinho Gaúcho são mínimas.
Adriano e Gaúcho, aliás, são apenas mais alguns integrantes da longa lista de atletas que viveram momentos conturbados na carreira pelo selecionado nacional.
Além de Garrincha, que se afundou no alcoolismo mas foi preservado pelos treinadores enquanto teve físico para decidir os jogos - depois disso foi descartado como mercadoria estragada -, o rol tem a dupla Renato Gaúcho - Leandro às vésperas da Copa de 1986 (um foi cortado e o outro abandonou a equipe em solidariedade), Ronaldo e seus retornos impossíveis e, claro, Romário.
Todos eles, talvez com a exceção de Ronaldo, caracterizados por personalidades fortes, dificilmente aceitas pelos quase sempre retrógrados técnicos escolhidos pela CBF, como é o caso de Dunga.
Que pode até levar Adriano à África do Sul por teoricamente saber lidar com ao menos um "jogador-problema". Afinal, em 1994, coube a Dunga o papel de policiar Romário na concentração da Seleção. E como o Baixinho liderou aquele time no máximo limitado ao título, o atual técnico pode querer repetir a experiência, desta vez com o Imperador.