Quem é que nunca fez uma dessas dietas malucas, na esperança de perder muitos quilos em poucos dias? Tem a dieta do abacaxi, a da lua, do abdômen e muitas outras...... Mas todas elas têm uma coisa em comum: cardápio cheio de restrições, impossível de ser seguido por muito tempo, e sem os nutrientes que o nosso corpo precisa. Você até perde peso, mas o resultado dura pouco. E logo vem o famoso efeito sanfona.
Como evitar o efeito sanfona? Com todas as informações que nos cercam diariamente já deveríamos ter internalizado que a palavra de ordem hoje é a reeducação alimentar. A importância do autoconhecimento nos ajuda a tomar consciência dos nossos hábitos alimentares. O que estou comendo é para saciar a fome ou a vontade de comer? Muitas vezes comemos por ansiedade, por stress, por tristeza ou mesmo quando se está ''feliz'', para comemorar as coisas boas comendo.
Desta forma percebemos o quanto a comida está associada à afetividade em nossa cultura. Que tal buscar a origem dessa aflição? As experiências vividas pela mãe durante a gestação podem dar algumas pistas dos registros do feto com a alimentação. Como foi a relação da sua mãe com a comida durante a sua gestação? Foi uma mãe que se preocupou em comer saudavelmente? Passou muito mal na gestação com enjôos? Quase nem comia?
O momento da amamentação é de muita intimidade entre a mãe e o bebê. Mães ansiosas podem passar esta sensação para o bebê. Mães depressivas podem não querer amamentar. Estas experiências influenciam em como o bebê se relacionará com a comida. Crianças que rejeitam a comida, crianças gulosas que querem comer o dia todo, crianças muito magrinhas que dão trabalho para comer, não gostam de nada........Enfim, estes padrões costumam seguir até a vida adulta. São pistas para você se observar e buscar quebrar padrões de comportamentos que não estão ajudando a se aproximar de seus objetivos.
Experimente emagrecer as suas receitas favoritas, trocando os ingredientes mais ''gordos'' por opções mais light. A perda de peso está relacionada à quantidade de calorias ingeridas versus calorias gastas, sem esquecer da questão da saúde. É preciso gastar mais do que se ingere. Atividade física é fundamental.
As pessoas que precisam emagrecer precisam de uma rede de apoio, ou seja, de uma equipe de profissionais multidisciplinar. A psicologia auxilia no autoconhecimento buscando ajudar a pessoa a ter um controle maior de suas emoções.
Uma alimentação saudável significa comer equilibradamente alimentos de vários grupos - carboidratos, proteínas, frutas, legumes, verduras, etc. Muitas vezes as escolhas por alimentos em grandes quantidades (ou não saudáveis) não são conscientes, são movimentos para preencher um vazio, carências, buscar sensações prazerosas através da alimentação. Se a pessoa se deixa levar por estes movimentos inconscientes ela come e nem percebe o quanto comeu. Com o passar dos anos, você pode vir a apresentar problemas de saúde em função de uma má alimentação. É preciso tomar atitude. Ter mais saúde significa ter qualidade de vida.
Margareth Alves - psicóloga e terapeuta familiar (Londrina)