Embora existam diversos meios seguros de anticoncepção, a falta de informações e de acesso, associados aos tabus e ao desconhecimento de como a sexualidade pode ser saudável, expõem adolescentes e adultos aos riscos de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis quando adotam meios comprovadamente ineficazes de evitar filhos.
O coito interrompido acontece quando o homem retira o pênis da vagina no momento que percebe que irá ejacular. As falhas advêm da falta de controle da ejaculação, principalmente nos adolescentes, quando alguma quantidade de esperma é eliminada dentro da vagina ou na vulva.
Também durante a excitação, no líquido lubrificante que o homem produz podem estar presentes espermatozóides e deles resultar a gravidez, mesmo se eliminados na entrada da vagina. A preocupação do casal e a relação incompleta são motivos comuns de frustação e insatisfação sexual.
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Colabora para os riscos de uma gravidez indesejada a avaliação errônea do período fértil, que deve associar o meio do ciclo com a presença vaginal de uma secreção do tipo muco, transparente e abundante. Esta secreção não é corrimento nem sinal de excitação sexual.
Outro meio popular de anticoncepção também ineficaz é a ducha vaginal, que nada mais é do que lavar a vagina minutos após o coito, que pode facilitar infecções e reduzir a lubrificação vaginal.
Ter relações sexuais durante a menstruação pode falhar se ocorrer no final de um longo período de sangramento, e se considerarmos a sobrevida de até 72 horas do espermatozóide dentro do corpo feminino. É muito raro, mas não é impossível.
A tabelinha ou a abstinência no período fértil falham mais na adolescência, devido às irregularidades do ciclo menstrual das garotas.
E existem ainda crenças sem fundamento que afirmam que a mulher sem orgasmo não engravida; que se ela for virgem, ejacular na vulva não oferece riscos; relação sexual dentro da água não engravida; homens idosos não têm espermatozóides.
Mitos e verdades
- Mito: o coito interrompido é um método anticoncepcional
- Verdade: o coito interrompido não é método, e além de ineficaz, pode causar frustração sexual
Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual.