A relação conjugal aberta é a infidelidade assumida, planejada e compartilhada. É um tipo de relacionamento que permite a troca de parceiros na relação sexual. Muitos se conhecem pela internet, trocam fotos, firmam acordos, têm encontros prévios e encontram-se discretamente em motéis. Geralmente, são encontros únicos, para evitar vínculos afetivos, ou então pertencem a grupos fechados e íntimos. Não é considerado desvio sexual, e sim uma forma de opção do relacionamento sexual do casal.

Como em novos relacionamentos, os níveis de desejo e excitação são intensos e movidos pelo inusitado, pela permissividade mútua. As fantasias explodem e podem precipitar esta decisão para algumas pessoas.

No contexto de uma sociedade consumista, os casais, para quebrar a rotina, buscam diferentes formas de prazer, entre elas a troca de casal, que pode ser encarada após a concretização do swing como algo que ''apimentou a vida sexual do casal, deixando um gostinho de quero mais''.

Ou então pode deixar uma ressaca moral que será difícil de administrar no relacionamento conjugal, como inseguranças, ciúmes, ressentimentos, evidências de bissexualidade ou riscos inerentes à promiscuidade, como as doenças sexualmente transmissíveis.

Lidar com nossas diferenças conjugais pode não ser fácil. Assimilar novos comportamentos e modo de ser nos faz crescer no relacionamento quando pautados pela responsabilidade e respeito a si mesmo e ao outro.

Fantasias sexuais são para serem vividas no plano imaginário e desta forma são tão estimulantes quanto na realidade. Lidar com as diferenças sexuais das pessoas também não é fácil. Existem comportamentos que podem ferir conceitos sociais, morais e religiosos, mas são inerentes à individualidade e ao direito de livre expressão sexual.

Mitos e Verdades

- Mito: troca de casais é doença.
- Verdade: o exercício da sexualidade é um direito e opção de cada indivíduo.

Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual