Sexualidade

Tomar água depois do sexo pode prevenir doenças?

14 mai 2010 às 19:43

A ingestão de água não terá qualquer efeito sobre a relação sexual. As doenças sexualmente transmissíveis englobam todas aquelas que podem ser adquiridas durante a relação sexual, isto é, no coito propriamente dito, ou nos eventos que o cercam.

São muitas as classificações, mas elas podem se diferenciar entre aquelas cuja transmissão é feita quase que exclusivamente pelo ato sexual (sífilis, gonorréia, cancro mole, Condiloma acominado), as frequentemente transmitidas pelo ato sexual (tricomoníase, herpes simples, candidíase, Pediculose pubiana, Vaginose bacteriana, micoplasma, clamídia e Aids) e as que eventualmente são transmitidas pelo ato sexual (Molusco contagioso, pediculose, escabiose, oxiuríase, hepatite B, amebíase e tuberculose).


Portanto, são muitos os agentes infecciosos que podem acometer e ser transmitidos durante uma relação sexual, podendo atingir não só os órgãos genitais, mas também o ânus, a uretra, as trompas, o fígado e outros órgãos abdominais, ou mesmo todo o organismo, apresentando-se então como um quadro localizado, de fácil diagnóstico, ou até mesmo generalizado, de difícil resolução.


As principais complicações são formações de abscesso tubo-ovariano, as recidivas, a esterilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica, além de problemas hepáticos crônicos, como no caso da hepatite, e do câncer de colo uterino, no caso do HPV.


O tratamento também é muito variado, assim como a maior ou menor facilidade de transmissão, de acordo com a doença. A melhor maneira de prevenção é a diminuição de parceiros sexuais, uma boa higiene antes e após a relação, urinar após a relação sexual, além, é claro, do uso do preservativo.


Existem muitas crendices quanto ao uso de algumas substâncias, ou mesmo simpatias, que vendem a idéia de que poderiam evitar este tipo de doença. Na verdade, estas crenças não possuem qualquer fundamento.


Mitos e verdades


- Mito: a ingestão de água pode prevenir o contágio de doenças ginecológicas


- Verdade: a melhor forma de prevenção ainda é a camisinha

Marcelo Mendonça, ginecologista


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