A ingestão de água não terá qualquer efeito sobre a relação sexual. As doenças sexualmente transmissíveis englobam todas aquelas que podem ser adquiridas durante a relação sexual, isto é, no coito propriamente dito, ou nos eventos que o cercam.
São muitas as classificações, mas elas podem se diferenciar entre aquelas cuja transmissão é feita quase que exclusivamente pelo ato sexual (sífilis, gonorréia, cancro mole, Condiloma acominado), as frequentemente transmitidas pelo ato sexual (tricomoníase, herpes simples, candidíase, Pediculose pubiana, Vaginose bacteriana, micoplasma, clamídia e Aids) e as que eventualmente são transmitidas pelo ato sexual (Molusco contagioso, pediculose, escabiose, oxiuríase, hepatite B, amebíase e tuberculose).
Portanto, são muitos os agentes infecciosos que podem acometer e ser transmitidos durante uma relação sexual, podendo atingir não só os órgãos genitais, mas também o ânus, a uretra, as trompas, o fígado e outros órgãos abdominais, ou mesmo todo o organismo, apresentando-se então como um quadro localizado, de fácil diagnóstico, ou até mesmo generalizado, de difícil resolução.
Leia mais:
Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis
Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP
Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos
Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?
As principais complicações são formações de abscesso tubo-ovariano, as recidivas, a esterilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica, além de problemas hepáticos crônicos, como no caso da hepatite, e do câncer de colo uterino, no caso do HPV.
O tratamento também é muito variado, assim como a maior ou menor facilidade de transmissão, de acordo com a doença. A melhor maneira de prevenção é a diminuição de parceiros sexuais, uma boa higiene antes e após a relação, urinar após a relação sexual, além, é claro, do uso do preservativo.
Existem muitas crendices quanto ao uso de algumas substâncias, ou mesmo simpatias, que vendem a idéia de que poderiam evitar este tipo de doença. Na verdade, estas crenças não possuem qualquer fundamento.
Mitos e verdades
- Mito: a ingestão de água pode prevenir o contágio de doenças ginecológicas
- Verdade: a melhor forma de prevenção ainda é a camisinha
Marcelo Mendonça, ginecologista