Estamos assistindo, atualmente, na minha opinião, a um surpreendente acontecimento: o desaparecimento da infância. A infância, infelizmente, está desaparecendo como fase natural da vida humana.
Já não vemos crianças em brincadeiras como costumávamos presenciar. Os desenhos animados, marcas de um passado não tão distante, foram desaparecendo e a imagem, tão própria dessa fase da vida, foi sendo substituída por cenas de crianças dançando ''sensualmente'' músicas cujo repertório seguem este mesmo padrão.
Os pais, na maioria das vezes, sob a condição de um bom cachê, acabam por conduzir a criança, prematuramente, a uma vida ''adulta'' e as etapas da infância da criança deixam de existir. Atualmente, o que se adquire na família, nos livros e nas escolas está sendo substituído pelo ''aprendizado'' instantâneo e moralmente insensível da televisão.
Hoje, qualquer criança sabe mais sobre sexo do que adultos de um passado não tão distante. As novelas estão cada vez mais sensuais, provocativas, seja qual for o horário de exibição.
Provêm da TV muitas informações confusas e violentas que as crianças obtêm sobre sexo.
A exposição precoce da criança à sexualidade exibida na TV, de forma exacerbada, degradante ou brutal, a filmes e sites pornográficos ou de terror, pode interferir no seu desenvolvimento emocional.
Ricardo Desidério da Silva, professor mestrando e educador sexual