Sexualidade

Sexo oral é uma prática saudável?

16 jun 2009 às 21:03

A criatividade é condição ''sine qua non'' para que o casal cresça no relacionamento. Sim, é crucial a evolução na vida íntima e para evoluir é fundamental criar, refletir, perguntar, abrir-se e confiar. Só se abre aquele que confia e só confia aquele que conhece o outro.

Quando os corpos se fundem é enriquecedor o toque na pele de várias formas e sabores, usando carícias constantes e criativas e explorando as ricas sensações provocadas pelos beijos e afagos. O tato desperta a secreção de ocitocina (hormônio de ligação) e, a seguir, as endorfinas enlevam o casal em doces ondas de prazer. O que não vale é o individualismo, a auto-satisfação egoísta.


Os amantes precisam respeitar-se e respeitar o outro. Toda forma de contato que produzir desconforto ou agressão tem de ser evitada. Qualquer interação que incomode um dos dois não deve ser repetida, pois corta o fluxo normal de prazer sexual que é uma via de duas mãos. Obviamente que um envolvimento íntimo como o descrito necessita de um profundo conhecimento mútuo para que os riscos sejam mínimos e o prazer seja elevado.


Quando os parceiros não se conhecem adequadamente crescem os riscos de transferências de bactérias via genital ou oral. Como exemplo, citamos pacientes que são examinados pelos otorrinolaringologistas apresentando lesões condilomatosas em laringe e cordas vocais, mulheres com micoses vaginais recorrentes devido a transmissão oro-genital ou mesmo doenças mais graves como cancro primário do lábio - uma úlcera sifilítica na boca (lábio) que pode surgir entre dez e 90 dias após o contato com pessoa doente. É bom ficar atento para o estado de saúde do parceiro e cultivar muito diálogo para evitar complicações.

Calvino C. Fernandes, terapeuta sexual e ginecologista


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