A função sexual envolve processos biológicos básicos, iniciada na concepção prosseguindo na maturidade. Recebe influência variada na cultura de acordo com valores próprios, estereótipos de masculinidade e de feminilidade, e tabus sobre comportamento sexual.
Aspectos psicológicos e emocionais afetam acentuadamente o comportamento sexual. O casamento traz nova dimensão à função sexual e, os filhos, novos estágios ao desenvolvimento sexual com a figura do pai e da mãe, e todas as suas repercussões.
Com o avanço da idade há tendência na diminuição da função sexual havendo queda na frequência das relações sexuais. Após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes corrigidos com uso de medicação apropriada.
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O homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência é de fatores emocionais.
O sexo na terceira idade reafirma a identidade, demonstrando que a pessoa pode ser valiosa para outra. Junto ao sexo estão valores importantes nessa etapa da vida: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor.
Na terceira idade podemos constatar diminuição de resposta aos estímulos sendo um processo normal de envelhecimento, pois os idosos ignoram mudanças normais das funções sexuais próprias com o passar do tempo e, por falta de informação, adota atitudes erradas em relação a atividade sexual, podendo ser influenciados pela ansiedade da expressão sexual.
Quando o homem envelhece, a impotência acentua especialmente em homens cardíacos, diabéticos e hipertensos. Já se foi o tempo em que os idosos sentiam-se incapacitados para desfrutar a vida sexualmente feliz. O corpo se transforma e os desejos modificam, mas não acabam.
A sexualidade continua a proporcionar sensações agradáveis, carinho, afeto e boa comunicação, resultando em sentimento de felicidade, segurança e bem- estar.
É fato que a maioria das pessoas apresenta diminuição das atividades sexuais, mas não significa decaimento da capacidade de amar, de ter, dar e receber prazer.
Pesquisas atuais indicam que qualquer indivíduo saudável pode ser sexualmente ativo independente da idade, e que a atividade sexual faz bem a saúde tanto física como mental, além de ter um impacto positivo na qualidade de vida.
Eliane Marçal - psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)