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Riscos na gravidez

Sexo, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
20 nov 2009 às 19:34

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- Reprodução
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A gravidez não confere à mulher e ao seu bebê nenhuma proteção especial em relação às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A gestação naturalmente diminui os mecanismos de defesa do organismo, deixando a mulher ainda mais suscetível às infecções. Os cuidados em relação a uma possível contaminação por alguma DST devem ser redobrados, pois além de se preocupar com a sua proteção, a mulher grávida deve proteger o seu bebê. Muitas DST's são silenciosas, ou seja, não apresentam sinais ou sintomas e, por isso, a necessidade de um bom acompanhamento pré-natal.

Uma gestante com DST pode apresentar consequências tanto para a gestação em andamento quanto para a sua saúde futura, dentre elas, o parto prematuro, a ruptura prematura da bolsa, doença inflamatória pélvica, hepatite crônica, câncer do uterino, infertilidade etc.

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O feto, por sua vez, pode ser contaminado antes, durante ou após o nascimento. O vírus HIV e o treponema (agente da sífilis), por exemplo, podem infectar o feto ainda no interior do útero, em razão da sua capacidade de atravessar a placenta. Outras DST's como a gonorréia, clamídia, herpes e HPV podem ser transmitidas para o bebê no momento de sua passagem pelo canal do parto. O vírus HIV pode ainda ser transmitido ao bebê após o parto, através da amamentação.

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Algumas doenças podem ser evitadas se a mãe fizer um acompanhamento pré-natal de rotina, o qual deve incluir exames para detecção de DST's no início da gravidez e, se necessário, repeti-los próximo ao parto.

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A maneira mais segura da gestante evitar o contágio de uma DST é ter uma relação duradoura, mutuamente monogâmica, com parceiro comprovadamente sadio. O uso de preservativos é muito eficaz na prevenção das DST's.


Em 2006, foi aprovada a utilização da vacina contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de nove a 26 anos ainda não infectadas. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).


A administração de drogas em paciente com HIV somados à inibição da amamentação materna reduziram significativamente a transmissão do HIV, com a consequente diminuição da incidência de Aids em recém-nascidos.

Priscila Garcia Figueiredo, ginecologista e obstetra, doutora em doenças relacionadas ao HPV


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