Sexualidade

Sexo e erotismo na mídia atrapalham?

28 jan 2010 às 19:42

Com o crescimento da mídia em geral e o advento da internet, houve um significativo aumento da concorrência neste setor. Com isto, cresceu proporcionalmente a falta de ética entre os veículos, diante da defesa de interesses financeiros. Cada um faz o que pode e o que não pode para chamar a atenção e atrair seu público-alvo. E, claro, a mídia se vale cada vez mais do ponto fraco do grande público: o erotismo.

Se o atraso consciencial da população mundial é um fato, o cultural é ainda maior; no aspecto sexual, nem se fala. A carga erótica contida na mídia em geral bombardeia crianças, pré-adolescentes e jovens, forçando-os a uma precocidade sexual antinatural e perversa.


Certamente, a prostituição tem aumentado, assim como as revistas, os filmes e os sites pornográficos. Com este bombardeio desleal, os hormônios começam a ser produzidos mais cedo, enquanto a estrutura social educativa declina e, em lugar de ajudar, atrapalha. Porque pais sem formação resultam em filhos sem formação (porém, nem sempre isso é uma regra).


Não vamos adotar, porém, uma postura puritana, anti-sexual, religiosa ou ignorante. Não podemos nem devemos fechar os olhos, e não adianta tão somente criticar, é preciso agir. Somos seres sexuados e o sexo é sadio, positivo. É preciso saber usá-lo para ser feliz, ou cair num vazio existencial que impede a maioria das pessoas de se realizar.


Grande parte dos casamentos (mais de 56%) não chega ao 5º ano. O resultado disso são homens supostamente ''liberados'', que adoram uma prostituta ou uma mulher também supostamente ''liberada e gostosona''; e mulheres puritanas, donas de casa que sabem que seus maridos as traem, mas estão acomodadas pois são ''assexuadas'', não querem, não gostam nem atendem mais a seus maridos.


Esta é uma nova forma de postura covarde e imoral contra si mesma, contra o marido e contra toda a família. A vida sexual precisa ser temperada e retemperada com o passar dos anos. É preciso conversar sempre, dialogar abertamente, falar sobre os medos, anseios, frustrações e sonhos, para o casal se afinar e superar as dificuldades.


Quando os parceiros são incompetentes neste ponto, deve-se procurar um terapeuta. Não há mal nenhum no fato de o casal ver um filme ou revista erótica, mas é fundamental que todo o material seja comprado novo, e não alugado.


Mas o essencial é a informação, o diálogo, e acima de tudo, o respeito, com muito amor, paciência e carinho. Um vício ou um mau hábito jamais será vencido com força e ameaça, mas somente com apoio e muito amor.

Eliane Marçal, psicóloga clínica e hipnoterapeuta


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