Sexualidade

Sex shop virtual: uma mania ou a quebra de paradigma?

19 jun 2009 às 19:20

É de olho em mulheres das mais diversas idades, casadas ou solteiras, mas principalmente nas tímidas, que o mercado resolveu disponibilizar, com toda a discrição, a venda de produtos eróticos através das lojas virtuais. Basta acessar o site e escolher.

Funciona como qualquer site de venda: o pagamento é feito via cartão de crédito, débito ou boleto bancário. Depois de efetuado o pagamento, os itens são entregues pelo correio e vão para o Brasil inteiro em embalagem de presente, sem identificar o remetente. A empresária Ana Maria Faro, dona da butique erótica Revelateurs, resolveu criar uma loja virtual, pois percebia que muitas mulheres deixavam de ir até a loja por vergonha.


‘Às vezes, elas até dispensavam o motorista e pegavam um táxi para que ninguém soubesse; além disso, com a loja virtual era possível que todo o Brasil encomendasse os produtos, porque a loja fica em São Paulo’, disse Ana Maria.


Além da embalagem para presente que camufla os objetos, é possível escolher aqueles com o visual do dia-a-dia: como um vibrador em forma de celular, caneta, ou até de um blush.


Ana Maria conta: ‘Eu sou casada, tenho filhos e deixo os meus brinquedinhos em cima da pia e eles não desconfiam o que é aquilo realmente.’ Tem esponja de banho, enfeite de patinho, tudo para manter a discrição em dia.


Bom para quem quer tentar algo diferente. Ao longo do tempo, a rotina pode desgastar a relação entre um casal e o sexo é deixado de lado. Por isso, um joguinho ou um brinquedo qualquer tem o objetivo de resgatar a sexualidade dentro do casal, é o que defende a sexóloga e ginecologista Glene Rodrigues.


Para ela, o intuito não deve ser a substituição e, sim, um estímulo a mais. ‘Esses objetos têm a sua importância, mas é preciso respeitar os limites de cada um.’


Existem opções mais simples, como os óleos para massagens, lingeries sensuais, jogos de cartas, ou os dados de posições, até os mais diferentes vibradores de vários tamanhos e texturas.

Julia Coniter, Agência Estado


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