Já deve ter acontecido com quase todo mundo. Ao olhar para alguém, uma atração irresistível toma conta dos corpos que não sossegam até se entregarem um ao outro. A explicação para essa sensação deveria ser um tanto quanto sexy, mas não é.
Uma pesquisa publicada na revista científica Nature revelou que esse desejo avassalador tem relação com o antígeno leucocitário humano (HLA, em inglês). Quanto mais diferente o HLA de um indivíduo para outro, maiores serão a atração, o desejo e a satisfação sexual.
O HLA é um sistema que dá capacidade ao nosso corpo de identificar células nocivas, vírus e bactérias, tendo portanto relação direta com o sistema de defesa. Ainda que pareça bizarro, a atração entre as pessoas estaria ligada aos seus anticorpos.
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Esse antígeno, conforme os pesquisadores da Universidade de Dresden, na Alemanha, existe pelo desejo natural do ser humano de procriar-se, garantindo a sobrevivência da espécie.
Além disso, os estudiosos observaram que casais com HLA diferentes têm filhos com sistema imunológico mais forte, já que herdaram esses elementos do pai e da mãe.
Mas como o corpo faz a distinção de HLAs?
Os nossos sentidos têm a resposta. Antes de qualquer vontade consciente, os mamíferos identificam parceiros com código genético diferente através do olfato. Alguns desses componentes também podem ser encontrados no suor e na saliva.
Claro que o estudo não afirma que o ser humano não tem controle de seu instinto sexual, mas traz à tona características do nosso comportamento que nem sempre são conhecidas ou percebidas.
Então, cientificamente, os opostos se atraem, sim!
(Com informações de BBC Brasil)