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Relação

Quando o ciúme é doentio e estraga a relação

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
24 fev 2010 às 19:36

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- Reprodução
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A ciência não duvida da existência do ciúme. Ele vem sempre acompanhado de baixa auto-estima, insegurança e medo de ser excluído de uma relação. É um sentimento que machuca, que afeta o equilíbrio emocional do indivíduo. Ele é decorrente do desejo de posse da pessoa amada, ou da suspeita ou mesmo certeza de sua infidelidade. Surge como desconfiança, medo de perder a pessoa amada. O ciúme é tão cego quanto a paixão. Não é uma doença, mas pode se tornar.

Quando a pessoa diz não ter ciúme, está tentando enganar a si mesma e aos outros. Este sentimento não existe somente entre homem e mulher. Pode se fazer presente no relacionamento entre irmãos, amigos, pais, filhos, colegas de trabalho. Quando não ultrapassa os limites, pode até fazer bem à relação.

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O medo de perder é que gera o ciúme. O ciumento pode se tornar violento, destrutivo ou mesmo obsessivo. Cada pessoa reage de uma forma diferente às emoções provocadas por este sentimento.

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Em Otelo, de Shakespeare, temos uma história conhecida mundialmente em que o ciúme supera a razão. Um amigo convence Otelo de que Desdêmona estaria traindo-o. Ele, cego de ciúme, não procura provas sobre a suspeita. E sem pensar, acaba com a vida dela. Assim que descobre o erro, decide se matar.

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Ciúme normal tem limite, é transitório. É uma ferramenta que serve como um sensor de perigo e sua função é preservar o relacionamento. A pessoa pode ficar enciumada em determinadas situações reais e sentir o ciúme como uma dor. No entanto, compreende que não tem a posse do outro.


Portanto, dentro de certo limite, sentir ciúmes é normal. Mas quando o ciúme se apossa do indivíduo sem nenhum limite, torna-se patológico. Talvez seja o momento de buscar ajuda junto a especialista da área, pois não é muito fácil identificar quando o ciúme passa do limite.


Lidar com o ciúme é algo muito individual. Sabe-se que este sentimento pode ajudar a movimentar a relação a dois, mas é preciso ter cuidados para que não destrua o relacionamento.

Marilandes Ribeiro Braga, psicóloga e terapeuta sexual (Presidente Prudente-SP)


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