Há entre os jovens a informação de que sexo é sempre bom. Sexo realmente faz bem para pessoas de qualquer idade. É energizante, revigorante.
Porém, vemos hoje uma mudança de comportamento com a moda do ''ficar''. Os jovens e muitos adultos, antes de começar um relacionamento mais sério, ficam com vários parceiros até encontrarem alguém que seja a pessoa considerada ideal. E essa mudança de comportamento, a busca pela pessoa certa, não se restringe apenas ao roçar de mãos, olhares furtivos e beijos roubados como era a prática no tempo de nossos pais e avós. Hoje temos notado um aumento substancial de casos de sexo casual, principalmente entre os jovens. Muitos transam apenas por achar moderno, por quererem ser atuais.
E por mais informações que possamos ter e por mais vontade que temos de transar com alguém, é sempre importante, antes de tomar a decisão, analisar se é a coisa certa a fazer. Isso não é uma questão de moralismo, e sim de responsabilidade sexual.
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O sexo casual pode trazer momentos de prazer, mas também tem suas consequências. A responsabilidade não deve terminar ao se colocar a camisinha. É um engano que seja assim. Quando temos uma relação sexual com alguém, não temos responsabilidade apenas com o nosso próprio corpo, mas também com o do parceiro.
Para muitas pessoas, jovens ou adultos, o sexo casual traz consequências emocionais que podem afetar seriamente a auto-estima. Será que ele(a) não está comigo apenas para transar? Será que ele(a) não está apenas querendo se divertir?
Geralmente as mulheres são mais emotivas do que os homens e, na maioria das vezes, sofrem mais quando não estão seguras a respeito do que estão fazendo. O sentimento de ter sido usado(a) ou de usar alguém pode afetar muito a auto-estima da pessoa. Pode provocar depressão, inibição social e outros males.
Dizer não ao sexo casual, muitas vezes, é melhor do que dizer sim. Se a pessoa não está segura do que quer, é melhor não fazer.
Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual