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Quando a 'química' acontece

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
12 fev 2010 às 19:27

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- Reprodução
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As diferenças existem, não há como negar. O ritmo sexual da mulher é mais lento que o ritmo do homem, e ela necessita de mais tempo e mais estímulos para chegar ao clímax.

E por falar em clímax, é preciso esclarecer que o orgasmo não se localiza em um único ponto. É difuso e qualquer zona erógena pode provocá-lo. Há mulheres que têm orgasmo durante os sonhos e para outras, basta lembrar de situações eróticas.

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Definir o que é orgasmo não é tarefa fácil, mas podemos resumir como uma perda momentânea de consciência, com duração de até 104 segundos em algumas mulheres. Seu mecanismo não é muito conhecido. Sabe-se apenas que pode ser causado por um estímulo genital ou cerebral - uma fantasia, por exemplo, que chega ao centro do prazer.

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Nesta fase, os músculos do aparelho genital e os ligamentos se contraem. Movimentos espontâneos e simultâneos podem ocorrer nas entradas da vagina, ânus, uretra e útero. Às vezes, o orgasmo vem forte, com contrações dos músculos vaginais, abdominais e até das pernas e dos braços, que deixam o corpo quase como um arco, como se todo ele estivesse apoiado apenas nos calcanhares e na cabeça. Este é um orgasmo intenso. Mas há outros com apenas leves tremores, seguidos sempre do aumento dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios, assim como o aumento da pressão do sangue e a ruborização generalizada.

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No orgasmo vaginal, contrações muito fortes com intervalo de 12 segundos ou mesmo a cada um ou dois minutos podem remover o tampão mucoso, substância incolor depositada no fundo da vagina. Algumas vezes, simultaneamente, ocorre a liberação de um líquido pelas glândulas de Skene, localizadas na entrada da uretra e responsáveis pela 'ejaculação feminina'. Em geral, este fenômeno acontece com mulheres que costumam ter orgasmos múltiplos e combinados.


As contrações podem ser rítmicas, simultâneas ou ocorrer separadas. E quanto maior o número de contrações, mais longo é o orgasmo, embora não necessariamente mais intenso. Às vezes, a mulher nem percebe os movimentos ondulatórios do baixo ventre. Mas, se quiser, é possível provocar voluntariamente as contrações do orgasmo. Para isso, deve-se aprender a controlar a musculatura genital. Basta contrair o abdome, o ânus e o orifício vaginal, tentando prender o pênis com a vagina e depois expulsá-lo. Se repetir várias vezes esta técnica, conseguirá apressar o orgasmo e aumentar a sua duração. Nesta fase, quanto maior a fricção do pênis, maior o nível de excitação.

Marilene Cristina Vargas, médica pós-graduada em disfunção sexual e membro do Comitê Científico da Sociedade Internacional de Orgasmologia New Delhi


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