A maioria das pessoas já passou por isso. Você é apresentado a alguém no trabalho ou socialmente e mesmo sem nem trocar sequer um cumprimento, sente que algo o incomoda naquela pessoa e a sensação nítida é de ''não ter gostado dela''. É comum este sentimento causar até um certo desconforto porque não encontramos motivos para essa sensação.
O contrário também acontece. Você não conhece alguém, não foi apresentado ainda, mas sente que tem simpatia pela outra pessoa, chegando a afirmar que ''gosta dela''. Pode até parecer que é um caso de antipatia ou simpatia gratuita. Mas não é.
A causa mais comum para este tipo instantâneo de aceitação ou rejeição está no fato de cada pessoa ter um cheiro específico e individual. E embora este cheiro não seja percebido conscientemente como um perfume ou igual a um odor desagradável, ele influencia nossa vida o tempo todo. Tanto que na hora de escolher um parceiro o olfato pode ser mais importante que qualquer outro sentido.
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A ciência já comprovou que mesmo com toda a evolução, o ser humano também utiliza os feromônios - substâncias químicas que funcionam como mensageiros, transportando informação entre indivíduos da mesma espécie psicológica.
Preocupado? Não há motivos. Pesquisas mostram que é fácil enganar o olfato humano. E empresas já estão lançando produtos com feromônios sintéticos, prometendo aumentar o poder de atração de homens e mulheres. Mas não confie nisso.
No caso dos seres humanos, o cheiro atrai ou repele em função das memórias e sensações que desperta e isso depende unicamente da história de vida de cada um, não dos instintos. Um bom perfume tem a mesma eficiência. E se a idéia é investir em cheiros, aproveite as dicas da aromaterapia.
Segundo esta ciência, alguns óleos essenciais de aromas específicos são capazes de estimular o sistema límbico e despertar instintos primários, como sexo, sede e fome. Entre os melhores para esquentar a vida sexual estão os óleos de jasmim, ylang-ylang, canela e cravo. Usados em produtos para massagem ou para perfumar ambientes, eles ajudam a criar ''o clima'', mas não são capazes de trazer excitamento sexual direto. Para isso, vale a receita de sempre: amor, desejo, respeito, cumplicidade e vontade de ser feliz.
Márcio D. de Menezes é médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual