Frigidez feminina é falta de amor, carinho, desejo e excitação. É considerada uma disfunção ou alteração da função sexual apresentada como bloqueio parcial ou total da resposta psicológica e fisiológica da excitação. As características são déficit ou falta de fantasias sexuais e ausência do desejo de ter qualquer atividade sexual, levando a dificuldades de relacionamento e sofrimento.
Este transtorno pode acometer a mulher durante toda a vida afetiva, por um determinado período em função de uma circunstância limitante ou no relacionamento com o parceiro. Fatores físicos e psicológicos determinam o aparecimento desse quadro. Físicos: dor na relação sexual, alterações hormonais, debilidade física por doença ou uso inadequado de remédios etc. Os fatores psicológicos causadores da frigidez feminina vão do desconhecimento do próprio corpo, em mulheres que recebem educação castradora, ao medo de engravidar, religião, crendices, experiência obstétrica traumática, envelhecimento e violência sexual - abuso e estupro.
Mulheres que se cobram aquém do que gostariam acabam se preocupando mais com o desempenho do que com a satisfação. Ou não gostam de seus corpos, sentem vergonha dos órgãos genitais, se acham fora de forma; deixando-as pouco a vontade na hora de se expor; e passam a negar sua sexualidade e atividade ligada a este aspecto das suas vidas.
Muitos homens perguntam ao final da relação sexual se a mulher está satisfeita muito mais como uma prerrogativa do que preocupação de fato. Mas a baixa autoestima faz a mulher aceitar o relacionamento precário com sua sexualidade e passar momentos de sua vida sem desfrutar do prazer que é digno e merecido de todas as pessoas.
A revolução feminina trouxe benefícios à mulher e sua sexualidade, mas ainda hoje existem as que sofrem sozinhas ou fingem prazer que nunca tiveram para manter relacionamentos vazios por não acreditarem que podem e devem ter uma sexualidade prazerosa e feliz.
Eliane Marçal - psicóloga clínica