O tema sexualidade, hoje, nas escolas, pode ser considerado um requisito importante e de bastante interesse nas discussões entre os jovens, pois ao se trabalhar com ele em sala de aula estamos dando oportunidades aos nossos alunos de buscar informações e tirar dúvidas.
Quando se inicia um trabalho de sexualidade, seja por meio de oficinas, dinâmicas, trabalhos em grupo ou individuais, palestras, discussões, enfim, existem várias alternativas de trabalho e cada professor tenta conduzi-lo de acordo com a série, idade, entre outros fatores.
E nós, professores, percebemos que cada um dos nossos alunos passam por infinitas dúvidas, comparações, questionamentos e dificuldades a respeito de sexualidade. Às vezes, algo que nos parece tão óbvio, algumas vezes, aos alunos é uma dúvida imensa.
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Em um dos meus trabalhos com alunos procurei responder de uma forma descontraída, seja por meio de um filme, dinâmicas, ou seja, procurei alternativas de aproximar-me deles, para que o trabalho pudesse fluir melhor. A partir do momento em que eles puderam sentir e ter confiança em mim, o nosso trabalho desenvolveu-se de maneira mais satisfatória, pois a relação professor-aluno tornou-se maior.
Durante todo o desenvolvimento do trabalho, perguntas como ''as mulheres se masturbam?'', ''com quantos anos uma menina e um menino deixam de ser crianças?'', ''como se coloca o preservativo feminino?'', ''por que algumas vezes o pênis do menino fica duro?'', ''masturbação faz mal?'', ''como é fazer sexo entre pessoas iguais?'', ''como se coloca o preservativo masculino?'' são questões feitas por alunos de 7 e 8 séries do Ensino Fundamental, das quais podemos analisar o quanto necessitam de informações e esclarecimentos em relação a esse tema.
Apesar de serem questões simples como a utilização da camisinha, devido às diversas propagandas e informativos em postos de saúde, tal dúvida ainda é frequente entre os alunos, o que nos possibilita refletir sobre a gravidade e a nossa responsabilidade enquanto profissionais da educação em trabalhar a sexualidade nas escolas.
Contudo, mais do que conversar ou educar sobre sexualidade, deve-se discutir como se vêm dando as interações entre os saberes - a aplicação de informações variadas por parte dos jovens e o que passa, por exemplo, com professores e pais.
Ricardo Desidério da Silva, professor e educador sexual