Sexualidade

Psicóloga fala sobre jogo da paixão e sedução

22 ago 2013 às 16:52

No jogo de futebol, o objetivo principal é a vitória. Já na paixão... A paixão é um jogo no qual os dois lados tudo fazem para que ocorra um empate, o que corresponde à vitória.

A sedução é o ponto de partida para se atingir a paixão. O outro nos completa, nos atrai, e a partir daí tem início a paixão.


A palavra sedução é, muitas vezes, utilizada com uma conotação negativa. No entanto, dentro de certos limites, a sedução é um processo normal e desejável nos relacionamentos humanos.


A sedução é um jogo que tem como principal característica a formação de um sentimento diferente de todos os outros, que vai prendendo o seduzido sem que ele perceba.


Existem diferentes maneiras de se praticá-la, tais como: fingir que não está percebendo a intenção do outro ou fingir preferências comuns. Na realidade, o apaixonado não busca o outro, busca a si mesmo. O olhar sedutor transcende os limites do simples olhar; é um olhar colorido e cheio de promessas.


Todo ser humano, de uma maneira ou de outra, sente-se incompleto e deseja buscar em outra pessoa o que lhe falta. A paixão é um sentimento que desestrutura o indivíduo, pois ele deixa de lado o seu próprio eu para satisfazer as vontades e desejos do outro. O apaixonado se anula, esquece de si mesmo para viver a vida do outro. Afasta-se dos amigos, da família e às vezes da própria sociedade.


O apaixonado projeta e enxerga no outro tudo o que ele deseja ter ou ser. A paixão não dura a vida toda. Ela chega numa encruzilhada, onde encontra dois caminhos a seguir: acabar ou transformar-se num grande amor.


A paixão e a sedução não se ligam à matemática, não têm idade. A intensidade da emoção sentida durante a fase da paixão por si só justifica qualquer consequência negativa sofrida mais tarde. Triste daquele que nunca foi envolvido por uma sedução e que nunca foi capaz de viver uma grande paixão.


No futebol, o resultado desejado é a vitória. Já na paixão é realmente o empate. Paixão e sedução devem ser vividas!

Marilandes Ribeiro Braga - psicóloga e terapeuta sexual


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