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Doses hormonais

Pílula anticoncepcional diminui cólicas e à tensão pré-menstrual

Redação Bonde / Assessoria de Imprensa
24 nov 2014 às 14:14

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Industrializada desde 1960, a pílula anticoncepcional permite que a mulher tenha sua vida sexual plena sem o ônus da gravidez. Hoje, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como um dos métodos mais efetivos de anticoncepção, com eficácia de até 99% se utilizado de forma correta.

A princípio, os comprimidos apresentavam altas doses hormonais de estrogênio e progesterona, resultando em distúrbios vasculares, edema e dores nas mamas. Atualmente, a quantidade desses hormônios é bem menor, reduzindo consideravelmente estes efeitos.

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Com a vida sexual iniciada cada vez mais precocemente, não há idade mínima para o uso da pílula. Entretanto, Cristina Guazzelli, professora e doutora do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina e membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), ressalta que é importante o acompanhamento de um médico, principalmente para verificar se há contraindicação do seu uso – não só para as mulheres mais jovens, mas para qualquer faixa etária.

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"Há restrições para a indicação de qualquer método anticoncepcional, em especial para a pílula. Por isso, a orientação do médico é fundamental. Por exemplo, a utilização deste método deve ser evitada em pacientes com trombose, hipertensão arterial, diabetes complicada ou nas que tenham mais de 35 anos e sejam fumantes. Nestes casos, recomendamos outros contraceptivos", reforça.


Após a prescrição do método a paciente deverá retornar para seguimento e controle. Queixas como dores nas mamas, sangramento irregular são comuns. Mas o aparecimento e persistência de fortes dores de cabeça associadas a náuseas ou alterações visuais, necessitam de seguimento cauteloso.

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Outro cuidado é a informação sobre a utilização de medicamentos que interferem no efeito do contraceptivo, isto é, diminuem a eficácia. Segundo Guazzelli, os principais são os anticonvulsivantes, antibióticos, alguns remédios para enxaqueca e drogas utilizadas no tratamento do HIV.


Benefícios

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Estudo realizado pela Gothenburg University, na Suécia,com 1.300 voluntárias, de 19 a 24 anos, apresentou relatos de diminuição na intensidade da cólica menstrual com o uso da pílula. A especialista informa que também há redução na intensidade e duração no fluxo menstrual. "Isso tem importância, pois diminui a chance da paciente ter anemia – presente em cerca de 30% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Ela também ameniza os sintomas relacionados à tensão pré-menstrual e endometriose", explica.


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A pílula ainda pode ser utilizada para auxiliar tratamento de acne e hirsutismo. Há uma melhora no humor assim como na qualidade da vida sexual.

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Ajuda também na produção de colágeno, mantendo a pele firme, saudável e sedosa. É recomendada também para portadoras de ovário policístico e para mulheres no climatério, diminuindo as ondas de calor e de suor noturno.


Especialistas da Stanford University descobriram que determinado tipo de pílula auxilia o tratamento da depressão por reduzir as alucinações e delírios. Usuárias de anticoncepcional hormonal combinado oral devem ser comunicadas que apresentam menor chance de ter câncer de ovário, útero e intestino.

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"É um ganho para as mulheres. Além de tudo, atualmente elas podem escolher quando e quantas vezes desejam menstruar durante o ano. Existem pílulas para as que desejam sangrar mensalmente, trimestralmente ou para aquelas que não querem menstruar. Essas opções necessitam ser avaliadas em conjunto com o ginecologista", comenta a dra. Cristina Guazzelli.


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Pílula de emergência

Anticoncepção de emergência são pílulas recomendadas quando ocorre uma relação sexual desprotegida – sem método, ou quando a camisinha rompeu ou se utilizou seu método contraceptivo de forma incorreta (esqueceu a pílula). Quanto antes ocorrer sua ingestão, melhor será sua ação.

A utilização nas primeiras 24 horas, apresenta eficácia de 88%. Seu uso é recomendado apenas uma vez por ciclo. A repetição da anticoncepção de emergência no mesmo ciclo aumenta o risco de falha. Após utilizar essa alternativa, deve-se esperar a próxima menstruação para iniciar método anticoncepcional tradicional.


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