O DIU tem sua ação na prevenção da fertilização, é feito de um material plástico flexível, podendo ser composto de metal (cobre) ou com hormônios de liberação lenta, que interferem na mobilização do espermatozóide na cavidade uterina, e também podem afinar o endométrio e alterar o muco cervical.
A mulher que pretende utilizar o DIU deve fazer, primeiramente, sua consulta com o ginecologista para ser avaliada a viabilidade do uso deste método. A inserção e a remoção do DIU é fácil e segura, normalmente realizada no período menstrual e pelo próprio ginecologista.
O DIU é um método eficaz, com uma taxa de gravidez de 0,3% a 1% por ano. A proteção pelo DIU permanece a longo prazo, variando de cinco a oito anos. Porém, se a mulher quiser retirá-lo antes, é só pedir ao ginecologista.
O acompanhamento médico com monitorações semestrais para verificação da posição do DIU são imprescindíveis para a saúde da mulher que o utiliza. O risco de inflamação (corrimento) aumenta um pouco nas usuárias do DIU. Podem ocorrer cólicas menstruais e aumento do fluxo menstrual.
O DIU deve somente ser indicado em mulheres com parceiro fixo, pois estas correm menos risco de contrair uma doença sexualmente transmissível (DST). Quem já tem DST não deve usá-lo, já que isso pode contribuir para que a doença passe do útero para as trompas, podendo até causar dificuldades para engravidar.
Em termos gerais, a colocação do DIU poderia ser uma opção ideal para assegurar o efeito contraceptivo sem afetar a sexualidade da mulher. Porém, a realidade é outra, visto que muitas usuárias se mostram insatisfeitas ou até mesmo contrariadas pela presença deste dispositivo na intimidade de seu corpo e confessam, muitas vezes, terem aceitado sua colocação devido ao poder persuasivo de seu parceiro ou até mesmo de seu médico.
A repercussão na sexualidade da mulher pode ser apenas devido ao sangramento vaginal, que pode ocorrer com mais frequência nas usuárias do DIU de cobre. O DIU não é perceptível no coito, nem pela mulher muito menos pelo seu parceiro.
Cabe ao casal optar pelo melhor método de anticoncepção. Para isso, é muito importante a consulta ao ginecologista para que a mulher possa receber orientações e esclarecimentos e, assim, ter uma vida sexual sadia, prazerosa e segura.
Patrícia C. Henriques Gomes, ginecologista