As campanhas de prevenção da Aids têm sido eficazes no combate à propagação da doença. É preciso reforçar na população a certeza de que a camisinha é um instrumento eficaz para evitar a contaminação pelo HIV e também por outras doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, a camisinha atua na prevenção da gravidez indesejada, flagelo que assola um número cada vez maior de adolescentes que estão absolutamente despreparadas para assumir tanto os bônus quanto os ônus da maternidade.
Estudos realizados pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA mostram que o uso do preservativo reduz muito a possibilidade de contaminação. Os pesquisadores ampliaram o látex usado para a fabricação do preservativo em duas mil vezes, observando-o então com um microscópio eletrônico. Nessa avaliação, nenhum poro foi achado. As pesquisas prosseguiram e outro trabalho avaliou 40 marcas de camisinhas vendidas no mundo, ampliando o látex desses produtos em 30 mil vezes e, mesmo assim, nenhum poro foi encontrado.
Paralelamente, estudos feitos em pesquisa da Universidade de Wisconsin, nos EUA, mostraram que o uso sistemático e correto do preservativo apresenta uma efetividade superior a 95% na prevenção da transmissão do HIV. Mais ainda: mesmo que usado de forma inconstante, o uso da camisinha aumenta em 10 mil vezes a proteção contra o vírus.
Diante disso é importante estarmos atentos e divulgarmos o máximo possível campanhas que incentivem o uso da camisinha.
Não podemos ignorar que o uso da camisinha é, sem dúvida, a forma mais eficaz de se evitar a disseminação da Aids em todo o planeta.
Outra recomendação é verificar sempre a data de validade na embalagem e, para guardá-la, preferir locais frios e secos. Deixar a camisinha por muito tempo na carteira ou no porta-luvas do carro pode estragá-la.
*Márcio D. Menezes, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual