A resposta sexual humana é composta por três fases: desejo, excitação e orgasmo. O desejo sexual é o mecanismo que impulsiona a pessoa a buscar sexo; a excitação é o momento onde o corpo se prepara para o contato sexual, no qual encontramos certas mudanças físicas necessárias para que o sexo possa ocorrer. O orgasmo é o final da relação sexual, onde encontra-se a descarga de toda energia acumulada antes e durante o contato sexual e contrações involuntárias do corpo que causam a sensação de prazer.
O desejo sexual é a primeira etapa para a existência da relação sexual. Uma vez que essa fase é prejudicada pode haver uma queda ou perda de desejo sexual e isso caracteriza o desejo sexual hipoativo, que sugere uma inibição do desejo sexual. A pessoa que tem esse diagnóstico apresenta baixa ou nenhuma vontade de envolver-se em uma relação sexual.
A baixa do desejo sexual muitas vezes pode ser interpretada de forma deturpada num relacionamento. São comuns pensamentos como: ''se não faz em casa é por que tem outro (a) fora''.
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Assim, está estabelecido um conflito na relação do casal e uma dificuldade de expressar os sentimentos, uma vez que muita gente não sabe que isso pode acontecer com qualquer pessoa.
Uma inibição de desejo pode ocorrer por diversas causas, dentre elas podemos citar: dificuldade de diálogo do casal, dor na relação sexual, criação sexual repressora, mitos ''sempre tenho que estar disponível para sexo'', parafilias (prazer sexual de maneira atípica), entre outras.
O mais importante para um casal que passe por esse problema é procurar ajuda terapêutica para lidar com a dificuldade, e consiga junto com eles buscar alternativas que restabeleçam um ambiente de afeto e confiança mútua e assim trabalharem juntos para a superação dessa crise.
É importante um trabalho de autoconhecimento do casal e também o autoconhecimento. O qual influencia na forma de comunicação, nas crenças inadequadas, nos medos e inseguranças.
Estabelecer a confiança do casal é um aspecto que contribui para que a relação não só sexual, mas de amor e de troca possa ser vivida de maneira prazerosa.
Diego Henrique Viviani - psicólogo e pesquisador