Os anticoncepcionais são comercializados há 47 anos e ainda persistem resistências e desconfianças a respeito de seus efeitos. É composto por dois hormônios, o estrogênio e a progesterona. Sua dosagem procura imitar o ciclo natural feminino, e além do objetivo essencial de prevenir a gravidez, promove a proteção contra cistos e o câncer de ovário, além da regulação do fluxo menstrual.
Com a redução progressiva da quantidade de hormônios e o uso de diferentes derivados da progesterona, houve a redução de efeitos adversos dos anticoncepcionais, como náuseas, escape de sangramento e cefaléia, e assim a sua melhor aceitação.
Existem anticoncepcionais que possuem maior efeito antiandrogênico, sendo indicados por reduzir a oleosidade da pele, a acne e controlar o aumento de pêlos. Outras pílulas têm atividade androgênica e favorecem a libido; existem aquelas que têm efeito diurético e reduzem os sintomas da TPM tais como edema, mastalgia, ganho de peso e cefaléia.
Os anticoncepcionais indicados para as mulheres que amamentam possuem apenas progesterona, com ausência de menstruação durante o uso.
A opção de não menstruar por longos períodos tem feito muitas adeptas. Além do controle da fertilidade, buscam a liberdade sexual e de suas atividades, sem a surpresa dos sintomas menstruais. Com o uso hormonal adequado e contínuo não há crescimento do endométrio, que é a camada interna do útero que sangra.
O diferencial são as diversas apresentações de anticoncepção que estão disponíveis, como as injetáveis, os adesivos, o anel ou a pílula vaginal e o implante.
O DIU, dispositivo com filamento de cobre que é inserido no útero, é uma opção quando há contra-indicação dos hormônios, como mulheres que apresentam pressão alta, epilepsia, doenças da coagulação ou do fígado. O DIU é contra-indicado se o fluxo menstrual é prolongado, se existem cólicas intensas ou riscos de promiscuidade sexual. A duração é de até 10 anos.
O SIU (Mirena) difere do DIU por conter uma cápsula de progesterona, cujo efeito se restringe ao meio intra-uterino e elimina a menstruação durante cinco anos. Este método tem ótima aceitação.
Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual