Desde o auge da propagação do vírus da AIDS na década de 80, foram criadas várias - e algumas erradas - premissas sobre a contaminação.
Uma delas é a ideia de que parte específica da população é responsável pela transmissão, ou seja, os homossexuais e os usuários de drogas injetáveis.
Porém, esse conceito deve ser revisto. Isso porque desde os anos 90, quem mais disseminou a doença foram os heterossexuais que, em um período de 10 anos, aumentaram 21% nesse índice.
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O que chama atenção é que quem está mais sujeito à contaminação heterossexual são mulheres de baixa renda, entre 30 e 49 anos, donas de casa casadas ou em relações estáveis. Em 2012, entre todos os casos conhecidos de mulheres infectadas, cerca de 87% tiveram origem em uma relação hetero em que um dos parceiros estava contaminado.
Entretanto, esse índice de mulheres casadas infectadas pelo HIV também foi registrado em outros países em desenvolvimento. Nessas ocasiões, a mulher aceita a recusa do uso da camisinha por parte do parceiro na crença de que em seu relacionamento não há espaço para infidelidade.
Infelizmente, a busca de aventuras fora do casamento parte quase sempre do homem, que procura outras mulheres, profissionais do sexo ou, algumas vezes, outros homens. Esses maridos nem sempre se lembram do preservativo. É assim que o vírus da AIDS é trazido para dentro de casa.
Independente de conceitos morais sobre ser certo ou errado o fato de trair quando se está em um relacionamento, o problema está na prevenção, que nem sempre acontece nesses encontros casuais. Portanto, camisinha é indispensável em qualquer situação. Previna-se!
(Com informações de Mega Curioso)