A depressão é uma doença afetiva, ligada ao distúrbio de humor. As pesquisas demonstram que existe uma incidência maior entre as mulheres.
Pode-se perceber inúmeros sintomas, o que varia entre as pessoas. Dentre eles estão alterações afetivas, como tristeza profunda, tendência ao isolamento, baixa autoestima. Há também uma diminuição das atividades funcionais, motora, da atividade sexual, da criatividade, do raciocínio e falta de apetite, alteração no sono, fadiga, esgotamento, entre outros.
A pessoa deprimida tem muita dificuldade em aceitar a realidade, sentindo-se oprimida diante das situações as quais precisa enfrentar, tanto as situações externas quanto as internas, existe uma sensação de que falta algo.
As causas da depressão são muito discutidas e amplas. Pode ser desencadeada por reação a alguma situação traumática, como a perda de alguém, separação, luto, frustrações que limitam o sujeito a um estado de desamparo ou pode ser da própria constituição do sujeito, sem uma causa aparente. Enfim, pode-se pensar em muitas causas, como a questão biológica, genética, reativa a alguma situação, hormonal.
Homens e mulheres têm diferenças que influenciam na incidência da depressão. Na mulher, as alterações hormonais podem influenciar bastante. Atualmente, ela acumula muitos papéis, como ser mãe, dona de casa, tem um trabalho fora. Ela é convocada a assumir funções e existe uma questão cultural e social em relação a isso, acaba existindo também uma pressão interna e uma autoexigência para dar conta de tudo que é solicitada, o que causa um nível de estresse, culpa.
É importante tomar cuidado para não confundir momentos de tristeza, que é natural da vida, com a depressão, que é um transtorno de humor, caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica, com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida.
Não significa sinal de fraqueza ou uma condição que pode ser superada apenas com algum esforço. A depressão necessita de tratamento, e sendo adequado pode ajudar a maioria das pessoas. O tratamento pode ser medicamentoso, acompanhado de psicoterapia.
Autora: Gabriela Garcia - psicóloga (Londrina)